Outubro, 2014: Programação - TEATRO NACIONAL D. MARIA II


"Sessões de comemoração, efemérides, lançamentos de livros, homenagens ou outras atividades relacionadas com a atividade teatral.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO "ALABARDAS, ALABARDAS, ESPINGARDAS, ESPINGARDAS"
2 OUT 2014
18h30
SALA GARRETT | ENTRADA LIVRE
A Fundação José Saramago, a Porto Editora e o Teatro Nacional D. Maria II apresentam o romance inédito de José Saramago, Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas, num ato que se pretende de afirmação contra a guerra e a barbárie.
A sessão terá lugar no TNDM II e conta com a participação do Professor António Sampaio da Nóvoa, do juiz Baltasar Garzón e do escritor Roberto Saviano. A moderação estará a cargo da jornalista Anabela Mota Ribeiro. Durante a sessão serão projetadas as ilustrações de Günter Grass que integram o livro.


de José Saramago
com António Sampaio da Nóvoa (Professor), Baltasar Garzón (Juiz) e Roberto Saviano (Escritor)
moderadora Anabela Mota Ribeiro (Jornalista)
organização Fundação José Saramago e Porto Editora

Entrada livre sujeita à lotação disponível.
Os bilhetes estarão disponíveis na bilheteira do TNDM II a partir de 1 out.
MANUCURE
4 OUT 2014 | 31 OUT 2014
18h
ATELIER-MUSEU JÚLIO POMAR E BIBLIOTECA IN-CM (IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA)
no âmbito do projeto Orpheu 100
Uma revisitação do texto provocatório, Manucure, de Mário de Sá-Carneiro, com um fôlego futurista.
Manucure parte da situação dramática que o emblemático poema propõe. Uma personagem encontra-se no café, comovendo-se com a sua própria sensação de ternura, e progressivamente instala-se o caos e a loucura: a tensão entre o interior e o exterior, a modulação vocal inspirada no ondear aéreo e nas cacofonias dos transportes e da indústria, a sensualidade da ausência de suporte, o cadenciado da máquina que se transforma em Rap, uma chávena de café que se transforma em ser desfeito...
de Mário de Sá-Carneiro
conceção e interpretação João Grosso
beater José Budha (4 out) e Jorge Albuquerque (31 out)
desenho de luz José Carlos Nascimento

4 out
Atelier-Museu Júlio Pomar (Rua do Vale, n.º 7, 1200 - 472 Lisboa)
entrada livre

31 out
Biblioteca IN-CM (Imprensa Nacional-Casa da Moeda)
entrada livre

CICLO DE DEBATES "ÁGUAS PASSADAS, MOVEM MOINHOS?"
7 OUT 2014 | 14 OUT 2014 | 21 OUT 2014 | 28 OUT 2014
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE
Reflexões sobre alguns dos modos como tentamos domesticar o tempo
Este ciclo de debates incide sobre temáticas que têm a ver com o tempo, com a aceleração contemporânea do modo de vida, profundamente impregnado de tecnologia, e com esta espécie de fuga em frente que nos leva à mobilidade constante, à viagem.
Paralela, e paradoxalmente, habita-nos o sonho da retenção, da paragem, da contemplação, da meditação, da fuga ao tempo, do descanso. Procura e choque do novo, idílio do passado; onda do movimento, e procura da cápsula onde nos possamos defender dele. De forma que a ideia de história, sempre controversa, tal como as suas associadas, a memória, o arquivo, o museu, o património, a identidade, se articulam com a ideia de viagem e tudo o que ela também tem de paradoxal: ir ver o diferente para depois, finalmente, voltar a casa, arquivar memórias, retrabalhar os momentos de despaisamento, até que surja uma nova ânsia de partir.
Entre o deserto e o claustro, entre o frenesim e o repouso absoluto, entre o obsoleto, o descarte, o deitar fora, e a coleção, a rememoração, o balanço, a nossa imaginação oscila constantemente. Como podemos trabalhar tudo isso sem cair na melancolia?...
Vítor Oliveira Jorge nasceu em Lisboa em Janeiro de 1948. Licenciou-se em História na Faculdade de Letras de Lisboa em 1972. Fez quase toda a sua carreira universitária na Universidade do Porto, tendo-se aposentado em 2011. Doutorou-se em 1982 com uma tese na área da arqueologia pré-histórica, área genérica que já tinha sido a da sua tese de licenciatura. Tem obra poética, e sempre se interessou muito pela "aventura” da interdisciplinaridade, tendo organizado diversas mesas-redondas sobre temas que abordará neste ciclo de encontros.
com Vítor Oliveira Jorgeabertura de inscrições 2 setinformações Deolinda Mendes | 213 250 828 | dmendes@teatro-dmaria.ptEntrada livre, mediante inscrição prévia. A presença nas 4 sessões confere um certificado de participação.

Ficha de inscrição online
Ficha de inscrição para impressão


PROGRAMA:
I - História | 7 out

A história linear que nos ensinaram e ensinam não corresponde aos nossos anseios. Há que revisitar, que pensar outras maneiras de pensar a história e a temporalidade, que divirjam do tempo homogéneo e cronológico. Longe de escatologias e de vontades de "colonizar o futuro”, há que inventar formas novas de pensar a temporalidade e a causalidade. Há que convocar aqui Giorgio Agamben, Walter Benjamin, mas também Slavoj Zizek e a sua leitura de Hegel, etc.

II - Memória | 14 out
Memória individual, memória coletiva... formas de constituição da subjetividade individual e partilhada, matérias subtis e sensíveis...Memória, testemunho/a, verdade, mnemónica, técnica e memória, perda, luto, nostalgia, melancolia... e, de novo, formas de pensar o tempo. Um autor, entre miríades, por exemplo: Bernard Stiegler. A questão do espectro e do luto: Derrida.
III - Arquivo | 21 out
Obsessão contemporânea, a de guardar, conservar, a de indexar, febril atitude de se contrapor ao tempo, ou seja, à morte. Uma sociedade que convive mal com a obsolescência e com a contingência, ou seja, uma angústia e ao mesmo tempo uma atração mórbida, fetichista, pelo olhar vazio da múmia: a nossa morte vista. Fantasia de eternidade, da totalidade recuperada e afinal sempre incompleta. Jacques Derrida, Michel Foucault, entre outros, têm de ser considerados.
IV - Museu | 28 out
Mausoléu de tudo o que perdemos, como o arquivo, mas que aqui se expõe numa montra, num caixão de vidro. O museu é o lugar da canonização do quotidiano, seja ele de ar livre ou fechado, seja ele dirigido a objetos ou a pessoas. Museu do gesto, museu da pessoa, museu do imaterial, depois de ser gabinete de antiguidades e coleção de raridades. Museu, sintoma da nossa incurável insatisfação de consumidores, de colecionistas e de turistas. Turistas de nós mesmos. 

LISBOA OPEN HOUSE
12 OUT 2014
10h às 13h (última entrada às 12h50)
VÁRIOS LOCAIS
O TNDM II está de portas abertas no dia 12 de outubro para a 3ª edição do Lisboa Open House, uma iniciativa da Trienal de Arquitectura de Lisboa.
Este evento contempla a possibilidade de serem visitados edifícios de valor arquitetónico ou cultural inquestionável, como é o caso do Teatro Nacional D. Maria II. A Trienal de Arquitectura de Lisboa pretende, assim, "mostrar arquitetura de excelência ao público em geral, suscitando e estimulando o interesse pelo património edificado.”
Para além das visitas livres ao teatro, decorrerão ainda visitas guiadas, sujeitas a marcação prévia:
10h30 com Luís Soares Carneiro
12h com Paulo Prata Ramos
lotação máxima 35 pessoas 
informações e marcações visitasguiadas@teatro-dmaria.pt"




Transportes - Teatro Nacional D. Maria II
Metro: Terreiro do Paço, Baixa-Chiado, Rossio
Autocarros: 709, 711, 714, 732, 735, 736, 758, 759, 760, 781, 782
Eléctricos: 12, 15, 25, 28
Barco: Terreiro do Paço, Cais do Sodré 
Comboio: Cais do Sodré, Rossio, Santa Apolónia


Transportes - Atelier-Museu Júlio Pomar
Metro: Baixa-Chiado
Comboio: Rossio, Cais-do-Sodré
Barcos: Terreiro do Paço, Cais-do-Sodré
Autocarros: 706, 714, 727, 732, 735, 736, 758, 759, 760, 781, 782
Eléctrico: 12, 15, 18, 28 
Elevadores: Bica, Glória

Transportes - Biblioteca IN-CM (Imprensa Nacional-Casa da Moeda)
Metro: Saldanha
Autocarros: 713, 716, 718, 720, 722, 726, 727, 736, 738, 742, 744, 767, 783, 798
Comboio: Entrecampos

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