23 e 27 de Setembro, 2013: Lisbon Week - A HISTÓRIA E AS ESTÓRIAS DA RUA DAS PORTAS DE SANTO ANTÃO, POR JOSÉ SARMENTO DE MATOS

Visitas guiadas gratuitas.
Reserve o seu lugar através do telefone 1820.
LisbonWeek: "Já temos o nosso quiosque no Largo Camões! @ Pode neste ponto de informação LisbonWeek obter os seus bilhetes gratuitos para os percursos da Arte e História. O quiosque está aberto das 11h às 20h todos os dias".  

"A HISTÓRIA E AS ESTÓRIAS DA RUA DAS PORTAS DE SANTO ANTÃO, POR JOSÉ SARMENTO DE MATOS
Pelo segundo ano consecutivo, o Lisbon Week, uma co-produção da Câmara Municipal de Lisboa, conta com o apoio oficial da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que nesta segunda edição se assume como o grande parceiro das áreas culturais. Além de se associar à Rota Arte, a CGD estende o seu apoio à História, cuja programação volta a estar a cargo do professor José Sarmento de Matos.
Este ano, a viagem pela história de Lisboa será feita pelas estórias da Rua das Portas de Santo Antão, ela própria uma rua secular. Tal como na edição anterior, serão organizadas visitas guiadas que seguirão um roteiro, pensado por Sarmento de Matos. O percurso, de uma riqueza patrimonial única,passará por locais simbólicos como o Palácio da Independência ou a Sociedade de Geografia, e outros normalmente fechados ao público, como o Recolhimento da Encarnação.
De acordo com José Sarmento de Matos “o eixo constituído pela rua das Portas de Santo Antão e Rua de São José, constitui um dos percursos mais ricos de Lisboa, quer do ponto de vista histórico, quer do ponto de vista patrimonial. Trata-se da mais antiga saída do núcleo urbano de Lisboa para Norte, implantada pelo esquema viário traçado no período romano. A partir da construção da Cerca Nova (1383) a via foi dividida pela porta da mesma, chamada de Santo Antão pela existência na proximidade de um eremitério dessa evocação". Sublinha ainda o professor, que "esta antiguidade e importância na articulação da cidade com os seus arrabaldes a norte, fizeram desta via um lugar privilegiado para localização de edifícios notáveis, quer de carácter religioso, quer civil. Esta riqueza histórica e patrimonial levou a centrar no troço principal desta via a rota da História do ano de 2013, seleccionando-se alguns dos principais edifícios para a realização de visitas programadas e orientadas”. 

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Haverá 6 visitas guiadas por dia (09h30, 13h30, 17h30), em Português e Inglês, com guias especializados. O ponto de partida para estas visitas é o Lounge Lisbon Week/CGD, situado no Largo de S. Domingos junto ao Rossio.
Reservas obrigatórias na linha ticketline 1820
Visitas Guiadas grátis
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PERCURSO 1 
Ponto de encontro - Lounge LW - Largo São Domingos
09h30 / 13h30 / 17h30
Duração / 3 horas

Igreja de São Domingos 
Palácio da Independência 
Convento da Encarnação ( Igreja e Convento ) 
Casa do Alentejo 
Igreja São Luís dos Franceses 
Associação Comercial de Lisboa 

PERCURSO 2
Ponto de encontro - Lounge LW - Largo São domingos
09h30 / 13h40 / 17h40
Duração / 3 horas

Sociedade de Geografia 
Cervejaria Solmar
Ateneu Comercial de Lisboa 
Igreja de São José 
Palácio Sousa Leal
Ermida de São José dos Carpinteiros

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LOCAIS A VISITAR

CONVENTO E IGREJA DE SÃO DOMINGOS
O convento de São Domingos foi fundado por D. Sancho II, em 1242, depressa se transformando o adro num dos centros da vida lisboeta. Do edifício primitivo, de arquitectura gótica, só restam alguns túmulos de finais do século XIII. Mais tarde, no século XVIII, a igreja foi refeita por J.F. Ludovice, ganhando uma única nave sustentada por pares de colunas. Após o terramoto de 1755 sofreu obras de reabilitação, em especial na fachada, que ostenta um portal transferido da Patriarcal. Nos anos sessenta sofreu um incêndio que destrui o interior e telhado. 

PALÁCIO DA INDEPENDÊNCIA
Desde finais do século XV que a família Almada tinha residência no adro de São Domingos. Restam no interior a antiga cozinha, com altas chaminés e várias portas do período manuelino. Mais tarde, no início do século XVIII, foi refeita a fachada principal, um dos bons exemplares da arquitectura aristocrática. Em 1640, no tempo de D. Antão de Almada, aqui se reuniram no jardim os conjurados do levantamento do 1º de Dezembro. Por este facto, em 1940, a Colónia Portuguesa no Brasil adquiriu o edifício, passando então a designar-se por Palácio da Independência. 

CASA DO ALENTEJO
O palácio foi construído no século XVIII pela família flamenga Quífel Barberino. Passou por herança à posse da família Pais do Amaral, viscondes de Alverca. No exterior mantém as características do palácio desse período, com andar nobre e entrada para o pátio pela calçada lateral. Restam ainda revestimentos de azulejos. Em 1917 albergou o Majestic Clube (depois Monumental), com redecoração do interior, como o arranjo neo-mourisco do pátio (Arq. Silva Júnior). Nas salas ostenta pinturas de tecto de Benvindo Ceia, azulejos policromos de Jorge Colaço, e diverso mobiliário eclético. Hoje funciona a Casa do Alentejo.    

IGREJA DE SÃO LUÍS DOS FRANCESES
A Confraria de São Luís dos Franceses, reunindo os naturais de França residentes em Lisboa, iniciou a construção deste templo cerca de 1563, depois renovado em 1622 e novamente após o terramoto. O templo é pequeno no interior, dispondo de interessantes altares em mármore. Aqui se guarda uma notável pintura de uma vista seiscentista de Lisboa, peça importante para a história da cidade. Nos anexos, ocupados pela Confraria, encontram-se algumas salas com retratos dos monarcas franceses, até ao século XIX.

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE LISBOA
Em 1917 foi este edifício reconstruído para albergar o Palace Clube, com fachada nova e interiores ao gosto eclético em voga, com estuques de Simões de Almeida (sobrinho). Encerrado o Clube, em 1920 passou o edifício a sede da Associação Comercial de Lisboa. A Associação foi fundada em 1834, sob o nome de Associação Mercantil Lisbonense, sendo rebaptizada em 1855. Destaca-se a Sala das Sessões, onde se reúnem retratos de figuras gradas da Associação e da história comercial de Lisboa. Ali se encontra o retrato de D. Luís, de Miguel Lupi, e os de D. Pedro V e D. Maria II. 

SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA
A Sociedade de Geografia de Lisboa foi fundada em 1875, por iniciativa de Luciano Cordeiro, sendo a actual sede inaugurada a 8 de Julho de 1897. Destaca-se pelo papel científico e por albergar variadas colecções que compõem o museu, além da magnífica biblioteca, que reúne inúmeras cartas náuticas antigas. A Sala Portugal, de aparatosas dimensões, com duas ordens de galerias, está revestida com as vitrinas do museu histórico, colonial e etnográfico. Aqui se encontram dois dos padrões deixados pelos navegadores do século XV na Costa de África. 

ATENEU COMERCIAL DE LISBOA
A residência dos Condes de Povolide neste local é referenciada desde meados do século XVII. Do palácio original, pouco afectado pelo sismo de 1755, restam algumas salas do andar nobre com tectos pintados. No século XIX foi o edifício adquirido pelo Conde de Burnay, que realizou grandes obras de modificação do conjunto. Aqui se instalou o Ateneu Comercial de Lisboa, fundado em 1880, quando do 4º centenário de Camões. Destinava-se a ministrar instrução pública aos filhos dos associados, sendo o Curso Comercial oficializado em 1933. 

IGREJA DE SÃO JOSÉ
A sede actual da paróquia de São José é um templo recente e inacabado que ocupa parte do terreno do antigo convento da Anunciada. Teve início a construção em 1860 e foi aberta ao culto, apesar de incompleta, em 1883. Destaca-se o traçado arquitectónico centralizado, com cúpula elevada. Aqui foram reutilizados materiais diversos provenientes de outras igrejas desaparecidas, como a do convento dos Lóios. Mais notável é o conjunto de mármores da capela-mor provenientes da demolida igreja do Colégio de Santo-Antão-o-Novo, dos jesuítas, hoje Hospital de São José. 

ERMIDA DE SÃO JOSÉ DOS CARPINTEIROS
A igreja foi fundada pela Confraria de São José dos Carpinteiros em 1545, sendo nela instalada a paroquial de São José em 1567. Após o terramoto foi restaurada sob a direcção de Arq. Caetano Tomás, em 1757, em especial na fachada mais atingida. No interior destacam-se alguns mármores embutidos e o revestimento de azulejos setecentista. No edifício anexo, que não foi afectado pelo sismo, com entrada nobre pela Rua da Fé, encontram-se duas salas sobrepostas da antiga confraria, revestidas de notáveis azulejos setecentistas. 

RECOLHIMENTO DA ENCARNAÇÃO
O Recolhimento da Encarnação, das Comendadeiras da Ordem de São Bento de Avis, foi fundado por testamento da infanta D. Maria, mas só em 1617 se iniciaram as obras para instalação neste local. D. João V mandou refazer o conjunto após o incêndio de 1734. Data deste período a entrada da portaria, as escadarias e a decoração interior da igreja. Nesta, além do revestimento de azulejos, destaca-se o altar-mor, em prata, bem como o duplo cadeiral do coro baixo, em madeiras exóticas, e as capelas anexas. O claustro é sóbrio, com nove arcadas por lado e terraço superior. 

PALÁCIO SOUSA LEAL
O edifício foi construído cerca de 1704 pelo italiano T. Mongiardino (ou Monjardino) dentro dos modelos palacianos da época. Em finais do século XIX foi adquirido pelo rico africanista J. de Sousa Leal, que realizou grandes obras de renovação. Datam dessa intervenção a actual decoração interna, com notáveis estuques, madeiras exóticas trabalhadas em soalhos e portas, e mobiliário ao gosto da época, formando um conjunto de grande unidade estilística. De realçar a intima relação entre algumas salas e os magníficos jardins em socalcos na traseira. Foi depois sede dos CTT, que restaurou o conjunto entre 2000/3". 

Transportes:
Autocarros: 91, 709, 711, 736, 746, 783
Barcos: Terreiro do Paço, Cais-do-Sodré
Comboio: Rossio
Eléctricos: 12, 15
Elevadores: Glória, Santa Justa
Metro: Restauradores

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