© José Luís Neto, da série July 1984 (2010) (pormenor) |
Grande Auditório
17h30 · Entrada gratuita
17h30 · Entrada gratuita
Levantamento de senha de acesso 1 hora antes do início da sessão, no limite dos lugares disponíveis. Máximo: 2 senhas por pessoa.
M12Tradução simultânea francês/português/francês e inglês/português/inglês
Moderação Joana Cunha Leal (IHA / FCSH / UNL)
Comissariado João Francisco Figueira, Marta Mestre, Vítor Silva
Apoios Direção-Geral das Artes / SEC, Instituto de História da Arte / FCSH / UNL
Agradecimentos José Luís Neto, www.proymago.pt / KKYM
Comissariado João Francisco Figueira, Marta Mestre, Vítor Silva
Apoios Direção-Geral das Artes / SEC, Instituto de História da Arte / FCSH / UNL
Agradecimentos José Luís Neto, www.proymago.pt / KKYM
"Houve uma profunda revolução no modo como nos situamos perante a imagem. Recentemente a imagem ainda desembocava na biografia do autor ou em ideias como escola e tendência, subsistindo num espaço dividido entre belas artes, artes aplicadas e populares. A expansão da imagem impressa, a fotografia e a imagem em movimento, o desenvolvimento da arte moderna e contemporânea, o acesso generalizado ao museu e o encontro com culturas não-Ocidentais, revolucionaram de forma significativa a nossa perceção.Didi-Huberman é um filósofo que, através de estudos apoiados em referências teóricas tais como Benjamin, Warburg e Freud, tem vindo a pensar as imagens face a um tempo histórico anacrónico, dialético, prenhe de sobrevivências e de fantasmas. Stoichita é um historiador que, trabalhando sobre a própria natureza do fenómeno artístico – o “quadro”, a “sombra” e “Pigmalião” (o “simulacro”) – tem vindo a demonstrar todo o interesse de um método plural de análise da experiência visual e artística. Ambos os autores consideram um vasto leque de instrumentos teóricos e críticos para identificar as dinâmicas de permanência e de transformação que definem o mundo “contraditório” das imagens. O modo de funcionamento da imagem e da imaginação, bem como a questão da memória, encontram-se no centro das respetivas investigações.
Por ocasião da publicação de traduções de Didi-Huberman, Imagens apesar de tudo, e de Stoichita, O Efeito Pigmalião. Para uma antropologia histórica dos simulacros, os autores encontram-se para exporem e debaterem a imagem e as imagens do seu pensamento.
Georges Didi-Huberman
Blancs soucis de notre histoire | Brancos tormentos da nossa história
Na sequência dos problemas tratados em Imagens apesar de tudo, recolocarei a questão da relação entre imagem e testemunho histórico através da análise de uma obra de Esther Shalev-Gerz, baseada na relação entre a palavra das testemunhas da Shoah e os seus silêncios.
Victor I. Stoichita
Pygmalion at cinema | Pigmalião no cinema
A célebre produção de Hollywood, Vertigo (1958), de Alfred Hitchcock, desenvolve o tema do duplo e, ao mesmo tempo, constitui um filme sobre a produção de simulacros. Na minha exposição procederei ao escrutínio do “Efeito Pigmalião” que trabalha no seio da obra-prima de Hitchcock.
Georges Didi-Huberman (n. 1953), filósofo e historiador de arte, leciona Antropologia do Visual na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris. Tem procedido a uma aprofundada crítica dos fundamentos vasarianos, panofskianos e neo-kantianos com que a história de arte se habituara a operar, propondo, alicerçado numa vasta constelação de referências literárias e teóricas, o “sintoma”, ou seja do símbolo aberto e “sobredeterminado” que Freud teorizou, como paradigma para a investigação nas artes. Autor de mais de trinta obras de que se destacam Invention de l'hystérie (1982), Devant l'image (1990), Fra Angelico (1990), O que nós vemos, O que nos olha (1992; trad. pt. 2010), L'Image survivante (2002), Imagens apesar de tudo (2004; trad. pt. 2012) e ainda obras sobre Bataille, Botticelli, Brecht, Giacometti, entre outros.
Victor I. Stoichita (n. 1949), historiador de arte, leciona História da Arte Moderna e Contemporânea na Universidade de Friburgo, na Suíça. Tem contribuído para ampliar os problemas e os objetos de estudo em História de Arte, convocando, além desta disciplina, a Estética, a Antropologia, a Filosofia que, deste modo, concorrem para relevar dinâmicas de permanência e de transformação que definem o mundo das imagens. Tem-se debruçado sobre temas tais como o “quadro”, a “sombra” e o “simulacro” (Pigmalião), objeto de insistente tratamento artístico e elaboração teórica, com extensas ramificações filosóficas e culturais, configurando-se como temas particularmente “contraditórios” e sintomáticos da condição da imagem. Disto mesmo são testemunho obras tão marcantes como L’Instauration du tableau (2ª ed., 1999) e Bréve histoire de l'ombre (2000) e O Efeito Pigmalião (2008; trad. pt. 2011)."
Transportes
Comboio: Entrecampos, Roma
Metro: Saldanha, São Sebastião
Autocarros: 21, 36, 44, 91, 713, 716, 726, 727, 732, 738, 745, 756
Comboio: Entrecampos, Roma
Metro: Saldanha, São Sebastião
Autocarros: 21, 36, 44, 91, 713, 716, 726, 727, 732, 738, 745, 756
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