18 de Julho, 2009: Evento - NOITE DAS ESTRELAS


Observatório Astronómico de Lisboa
21h00 às 23h00
OAL
Visita ao observatório + observações a partir das
21h30 (luzes do edifício desligadas)

junto à Torre de Belém
21h30 às 24h00
Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores
Apagão e observações astronómicas


Artigos no Jornal Público:
"“Noite das estrelas" propõe apagão para observar os céus
14.07.2009
A poluição é um problema das cidades. Mas a poluição luminosa é um problema adicional para quem quer e gosta de observar o céu nocturno. No âmbito do Ano Internacional da Astronomia, a organização deste evento vai promover, já no próximo fim-de-semana, a “Noite das Estrelas”, um apagão na iluminação pública em vários pontos do país que pretende alertar as pessoas para o problema da poluição luminosa e para a beleza do céu nocturno.

Música, palestras, sessões de observação do céu acompanhadas por astrónomos, estão programadas para várias cidades do país de norte a sul e ilhas. A iniciativa coincide também com o arranque da “Astronomia no Verão”, da responsabilidade da Agência Nacional Ciência Viva e que prolongará as actividades relacionadas com os céus ao longo de todo o Verão.

As celebrações da "Noite da das Estrelas" fazem parte do projecto internacional "Dark Skyes Awareness", que pode ser consultado em http://www.darkskiesawareness.org/."


"Portugal apaga-se em nome do céu nocturno e do brilho das estrelas
18.07.2009, Ana Machado e Romana Borja-Santos

Dez cidades aderem hoje à Noite das Estrelas. A proposta do Ano Internacional da Astronomia é pôr as pessoas a olhar para o céu e apreciar
Perder a hipótese de observar um céu nocturno cheio de estrelas ou desperdiçar energia são as principais consequências da poluição luminosa, um problema que afecta a maior parte das cidades. Para sensibilizar a sociedade para este problema, astrónomos e amantes da observação dos céus juntam-se hoje em vários pontos do país para celebrar a Noite das Estrelas e para pedir legislação específica que proteja o direito ao céu nocturno.
Um bem que gostavam que a UNESCO elevasse a Património da Humanidade, começando, por exemplo, por criar "reservas de estrelas", zonas onde os interessados pudessem voltar a olhar para o lado negro do Universo.
Rosa Doran, astrónoma e investigadora do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, vai estar na praia dos pescadores, na baía de Cascais, com o Núcleo Interactivo de Astronomia, para mostrar aos que aparecerem como é bom observar o céu nocturno. Além de Cascais, as luzes apagam-se em dez locais de norte a sul do país, entre eles a Torre de Belém, em Lisboa, o Pátio das Escolas, em Coimbra, Moimenta da Beira, ilha Terceira (Açores) e Calheta (Madeira). Apesar de a iniciativa abranger apenas a iluminação pública, se todo o país fosse "desligado" durante apenas uma hora isso já permitiria uma redução entre os cinco e os dez por cento no consumo. Mas a ideia de hoje é mais fazer uma homenagem ao céu e exigir que este não seja ofuscado por nenhum brilho artificial.
"Quando entramos de avião em Lisboa vemos a Ponte 25 de Abril toda iluminada, mas não vemos a Ponte Vasco da Gama. É bonita de ver a ponte iluminada, mas não passa disso. É dinheiro que se gasta. Começamos a despertar para este problema da poluição luminosa que nos afecta dentro das cidades", lembra Rosa Doran sobre o problema que reduz aos planetários a hipótese de observação do céu: "As crianças perderam os céus".
"Mais do que ver as estrelas, olhar para o céu é descobrir o Universo", frisa a investigadora, recordando o mote do Ano Internacional da Astronomia, que se celebra ao longo deste ano em que se completam 400 anos sobre as primeiras observações de Galileu. Também o astrónomo Máximo Ferreira, do Centro Ciência Viva de Constância, defende um regresso às origens e sugere que se observe primeiro a olho nu. "Os instrumentos permitem ver mais longe, mas tiram a beleza do contacto directo com o céu."
Pedro Russo, astrofísico português a trabalhar no Observatório Europeu do Sul, em Munique, Alemanha, e coordenador do Ano Internacional da Astronomia, lembra que o impacto da poluição luminosa no ser humano não é grande, mas noutras espécies sim, o que leva já alguns países a aplicar legislação de protecção do céu nocturno.
"Estudos indicam que 40 por cento da iluminação é desperdiçada e nunca se provou a relação entre o aumento da criminalidade e a falta de iluminação", frisa o investigador, que aproveita para lançar o desafio a que Portugal adopte legislação específica. "Poderia até servir o turismo.""

Transportes para a Torre de Belém
Comboio: Belém
Autocarros: 28/714/727/729/751
Eléctrico: 15

Transportes para o Observatório Astronómico de Lisboa
Comboio: Alcântara
Autocarros: 60/738/742
Eléctrico: 18

Fonte:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391751&idCanal=13
http://www.astronomia2009.org/documentos/Noite_estrelas_programa.pdf
http://jornal.publico.clix.pt/
Imagem:
http://www.freesmug.org/review/img/review/stellarium.jpg

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