Inauguração 21 de Junho, às 22:00h
"Daniel Gustav Cramer e Haris Epaminonda conheceram-se em 2001. Um
projeto experimental para a internet, 'The Beehive', foi lançado em
2005, durou cerca de dois anos, e conduziu, eventualmente, ao projeto
colaborativo 'The Infinite Library'. The Infinite Library é um arquivo
de livros em permanente expansão, onde cada livro é criado a partir de
páginas de um ou mais livros existentes e novamente reencadernadas.
Atualmente existem já cerca de 50 livros. Um catálogo online funciona
como um índice preliminar.
O trabalho de ambos os artistas apresenta-se fragmentário, e a sua
exposição tende a enfatizar a construção de constelações de peças no
espaço expositivo. Em 2010 Epaminonda e Cramer realizaram uma primeira
exposição na qual as suas obras eram apresentadas em conjunto, em
diálogo entre si, criando uma imagem/narrativa única. Certos temas, como
a água em movimento ou um sentido de deslocação e reorganização ligava
os elementos individuais entre si. A prática de Cramer inclui sobretudo
fotografias, mas por vezes assume a forma de esculturas, livros e vídeos
que formam, entre si, um sistema visual coerente. Os trabalhos aparecem
e reaparecem em diferentes constelações em diferentes espaços
expositivos, criando dessa maneira uma narrativa contínua de
sobreposições, repetições e interlúdios poéticos. Os diferentes temas
que ligam as imagens, objetos e textos do artista testemunham um
universo complexo em constante diálogo com o mundo. O sistema intricado
de referências e fragmentos visuais e textuais expande-se e
transforma-se ininterruptamente e, ao fazê-lo, ecoa critérios essenciais
da existência humana - memória, amor, morte, tempo, conhecimento,
dúvida e crença - bem como a sua representação. O trabalho de Epaminonda
aborda perspectivas semelhantes de deslumbramento e mistificação. As
composições pictóricas, fílmicas e espaciais que a artista desenvolve
partilham de uma sensibilidade e textura únicas. A sua linguagem subtil e
estranhamente emotiva convoca um espaço onde o espectador se pode
perder num reino de ligações e gestos. As suas pequenas colagens, as
suas instalações e filmes são precisos e cuidadosamente considerados
(muitos deles criados através de imagens ou objetos encontrados em
arquivos e através de intensa pesquisa) e aparentam possuir uma solução,
uma clara explicação, mas revelam, na verdade, um universo ilimitado de
possibilidade e incerteza. O sentimento é semelhante à entrada num
labirinto de espelhos, onde os reflexos mostram continuamente novos e
intermináveis pontos de vista, conduzindo-nos a um estado de espanto e
perplexidade, onde o tempo se afigura como um conceito fugidio, sem
princípio nem fim.
Para a exposição na Kunsthalle Lissabon e, no seguimento da sua
recente colaboração para a dOCUMENTA (13), os dois artistas irão criar
uma narrativa aberta recorrendo a imagens encontradas, fotografias,
livros, vídeos e pequenas esculturas. A exposição dará continuidade a
uma série de títulos de exposições inspiradas por obras do realizador
japonês Yasujir Ozu (Late Spring (1949), Early Summer (1951), Early
Spring (1956), Late Autumn (1960)). Um livro de artista será publicado
como parte do projeto."
Av. da Liberdade 211 - 1º
Lisbon, Portugal
Transportes:
Metro: Marquês de Pombal, Avenida
Autocarros: 36, 44, 74, 706, 709, 711, 745
Metro: Marquês de Pombal, Avenida
Autocarros: 36, 44, 74, 706, 709, 711, 745
Comboio: Rossio
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