21 de Junho a 18 de Agosto, 2012: Exposição - DANIEL GUSTAV CRAMER e HARIS EPAMINONDA

Inauguração 21 de Junho, às 22:00h
 
"Daniel Gustav Cramer e Haris Epaminonda conheceram-se em 2001. Um projeto experimental para a internet, 'The Beehive', foi lançado em 2005, durou cerca de dois anos, e conduziu, eventualmente, ao projeto colaborativo 'The Infinite Library'. The Infinite Library é um arquivo de livros em permanente expansão, onde cada livro é criado a partir de páginas de um ou mais livros existentes e novamente reencadernadas. Atualmente existem já cerca de 50 livros. Um catálogo online funciona como um índice preliminar.
O trabalho de ambos os artistas apresenta-se fragmentário, e a sua exposição tende a enfatizar a construção de constelações de peças no espaço expositivo. Em 2010 Epaminonda e Cramer realizaram uma primeira exposição na qual as suas obras eram apresentadas em conjunto, em diálogo entre si, criando uma imagem/narrativa única. Certos temas, como a água em movimento ou um sentido de deslocação e reorganização ligava os elementos individuais entre si. A prática de Cramer inclui sobretudo fotografias, mas por vezes assume a forma de esculturas, livros e vídeos que formam, entre si, um sistema visual coerente. Os trabalhos aparecem e reaparecem em diferentes constelações em diferentes espaços expositivos, criando dessa maneira uma narrativa contínua de sobreposições, repetições e interlúdios poéticos. Os diferentes temas que ligam as imagens, objetos e textos do artista testemunham um universo complexo em constante diálogo com o mundo. O sistema intricado de referências e fragmentos visuais e textuais expande-se e transforma-se ininterruptamente e, ao fazê-lo, ecoa critérios essenciais da existência humana - memória, amor, morte, tempo, conhecimento, dúvida e crença - bem como a sua representação. O trabalho de Epaminonda aborda perspectivas semelhantes de deslumbramento e mistificação. As composições pictóricas, fílmicas e espaciais que a artista desenvolve partilham de uma sensibilidade e textura únicas. A sua linguagem subtil e estranhamente emotiva convoca um espaço onde o espectador se pode perder num reino de ligações e gestos. As suas pequenas colagens, as suas instalações e filmes são precisos e cuidadosamente considerados (muitos deles criados através de imagens ou objetos encontrados em arquivos e através de intensa pesquisa) e aparentam possuir uma solução, uma clara explicação, mas revelam, na verdade, um universo ilimitado de possibilidade e incerteza. O sentimento é semelhante à entrada num labirinto de espelhos, onde os reflexos mostram continuamente novos e intermináveis pontos de vista, conduzindo-nos a um estado de espanto e perplexidade, onde o tempo se afigura como um conceito fugidio, sem princípio nem fim.
Para a exposição na Kunsthalle Lissabon e, no seguimento da sua recente colaboração para a dOCUMENTA (13), os dois artistas irão criar uma narrativa aberta recorrendo a imagens encontradas, fotografias, livros, vídeos e pequenas esculturas. A exposição dará continuidade a uma série de títulos de exposições inspiradas por obras do realizador japonês Yasujir Ozu (Late Spring (1949), Early Summer (1951), Early Spring (1956), Late Autumn (1960)). Um livro de artista será publicado como parte do projeto."
 
Av. da Liberdade 211 - 1º
Lisbon, Portugal
 
Transportes:
Metro: Marquês de Pombal, Avenida
Autocarros: 36, 44, 74, 706, 709, 711, 745
Comboio: Rossio
 

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