"Num tempo em que a Europa e o mundo enfrentam desafios que colocam em causa valores essenciais e para garantir que o esquecimento não tem lugar, neste mês de Abril recordamos o património comum de resistência artística que inspirou e inspira ainda os movimentos de cidadania.
Não nos circunscrevemos apenas à evocação da luta pela liberdade mas, atentos à diversidade do universo latino-americano e das diásporas que residem em Lisboa – no ano em que é Capital Ibero-americana de Cultura – apresentamos pela primeira vez em Portugal a exposição “Operação Condor” da autoria do fotógrafo português João Pina.
A exposição de fotografia, com curadoria de Diógenes Moura – registada nas páginas de um livro, reeditado propositadamente para acompanhar a sua chegada ao nosso país – mostra-nos o lado negro de uma operação secreta que envolveu vários países sob regimes ditatoriais, que utilizaram meios brutais para calar e controlar aqueles que se opunham ao sistema, sob o pretexto de manter a ordem e a segurança.
O programa Abril em Lisboa propõe também um espaço de reflexão sobre a abstenção eleitoral e o afastamento entre os cidadãos e a política, que em última análise, pode colocar em causa as democracias representativas. Através de conversas, filmes, debates e até encontros cara a cara com deputados dos partidos com assento na Assembleia da República, o Festival Política convida à participação e apela ao contributo coletivo e democrático.
E porque toda a revolução é acompanhada pela canção, juntamos as nossas vozes às de vários artistas, num concerto que nos traz “Canções para Revoluções”. Músicas que ficaram para sempre associadas a momentos políticos marcantes em vários países do espaço geográfico ibero-americano, e cujas mensagens moravam nas entrelinhas, ganham novos arranjos e são reinterpretadas por um conjunto de convidados criando um momento único e irrepetível.
Numa rara oportunidade, abrimos uma sala de projeção há muito fechada. Ao lado do Cinema São Jorge, num espaço que poderá ter servido para o visionamento prévio de várias fitas, será mostrada a longa-metragem “Censura: alguns cortes” de Manuel Mozos, uma montagem a partir de cortes realizados pelos censores em filmes que tiveram distribuição comercial em Portugal, entre 1950 e 1972.
O Museu do Aljube junta-se a nós com um papel central nesta jornada contra o esquecimento, com uma programação intensa, cumprindo os seus desígnios de restituir a memória coletiva à cidadania, em prol da liberdade e da democracia. Porque se há caminhos que vale a pena trilhar são os que resultam numa sociedade mais justa e é no presente, com a memória do passado, que se constrói o futuro.
A todos, um Bom Abril.
Programação:
Operação Condor
Exposição de fotografia de João Pina
Curadoria Diógenes Moura
20 de abril, às 18h, inauguração
“Operação Condor” é fruto de nove anos de investigação e recolha de imagens do fotojornalista João Pina e é assumida como um tributo à memória das vítimas desta operação, uma aliança político-militar que vigorou durante o auge da Guerra Fria entre as ditaduras de seis países latino-americanos – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
Esta operação militar secreta, instituída em 1975, por estes seis países governados por ditaduras militares de extrema-direita, tinha como missão eliminar a oposição política e resultou no desaparecimento de milhares de pessoas, os denominados de “subversivos” ou que faziam parte da chamada “ameaça comunista”.
Durante quase uma década, João Pina viajou atrás das pegadas do horror vivido e captou através da sua lente sobreviventes, familiares de vítimas e lugares de reclusão e tortura de uma operação militar que, nos anos setenta do século passado, terá beneficiado da anuência do então secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, da cumplicidade da CIA e contado com a colaboração de antigos nazis.
Complementando a exposição, reeditamos o livro “Condor” (ed. Tinta-da-china, 2014), num esforço de perpetuar este trabalho para que sobreviva à efemeridade que está associada à natureza de uma mostra temporária.
debates, workshops, conversas e cinema
20, 21 e 22 Abril
Cinema São Jorge
entrada livre sujeita à lotação das salas
Ideia de: Bárbara Rosa e Rui Oliveira Marques; Co-Produção: EGEAC; Cinema São Jorge & Produtores Associados; Apoios: APS - Associação Portuguesa de Surdos – Língua Gestual Portuguesa, Kryton; 13 Prints; Pure; Atelier Arte e Expressão; World Academy; Museu da Presidência; Instituto Cervantes; Parceiro: Comissão Nacional de Eleições; Media Partners: RTP3 e Antena1
A 25 de abril de 1975 o sufrágio em Portugal viveu o seu momento áureo. Passado um ano da Revolução dos cravos, nas primeiras eleições livres da democracia moderna portuguesa, cerca de 92% dos 6,2 milhões de eleitores recenseados acorreram às urnas. Não mais voltou a existir uma participação tão elevada em eleições nacionais. Ao longo dos anos os números da abstenção foram aumentando e hoje confrontamo-nos, a cada sufrágio, com o desinteresse, a desesperança e a falta de participação da sociedade.
Por esse motivo, propomos um festival diferente do habitual: durante dois dias, no Cinema São Jorge, refletimos sobre as razões da falta de participação democrática através de debates, workshops, conversas e cinema.
20 ABRIL
18h30
Poesia Política na Rua Garrett
Por Nuno Moura / Editora Douda Correria
Neste Festival, abrimos as hostilidades com poesia: Nuno Moura, da editora Douda Correria, declama poesia política na Rua Garrett, relembrando a força que as palavras têm. O local não é aleatório: a Rua Garrett é ponto de passagem obrigatório da cultura lisboeta. Ligando o Largo do Chiado e a Rua do Carmo, nas suas imediações encontramos o Teatro Nacional de São Carlos, o Teatro São Luiz e o Teatro da Trindade, bem como as mais famosas livrarias da cidade – a primeira Livraria Bertrand, fundada em 1732, o Grémio Literário do Chiado, ou ainda o centenário Café A Brasileira, onde se reuniam grandes vultos da cultura portuguesa do século XX.
21 ABRIL
17h30
COMO COMBATER A ABSTENÇÃO *, debate, 60’; Sala 2
Nesta conversa, académicos, um músico e uma jornalista analisam os dados da abstenção em Portugal e propõem caminhos para colocar o tema na agenda política. Moderador: Fernando Alvim; Oradores: Tiago Fernandes (professor auxiliar do Departamento de Estudos Políticos da FCSH); Marina Costa Lobo (politóloga, investigadora do Instituto de Ciências Sociais); Hélio Morais (músico co-fundador dos Linda Martini e dos PAUS); Maria Flor Pedroso (editora de política da Antena 1)
18h
“Ressurgentes”, filme de Dácia Ibiapina, Brasil, 2015, 75’; M/6; Sala 3
O filme acompanha os movimentos sociais de Brasília, entre 2005 e 2013: Movimento Passe Livre (por um transporte gratuito e de qualidade), Fora Arruda e Máfia (contra o governador José Arruda) e Santuário Não se Move (contra a criação de um bairro em território indígena).
18h30
Cara a Cara com deputados; Piso 1
Propomos um encontro frente a frente entre os cidadãos e deputados eleitos de todas as bancadas parlamentares. Durante cinco minutos, os participantes inscritos poderão conversar com cada um dos sete deputados.
Os deputados presentes são Mariana Mortágua (Bloco de esquerda), André Silva (PAN), Rita Rato (PCP); Heloísa Apolónia(PEV), Ana Rita Bessa (CDS), Isabel Moreira (PS); Sérgio Azevedo (PSD). Inscrição via festivalpolitica@gmail.com (inscrição limitada a 12 pessoas por deputado)
19h30
O voto obrigatório é uma solução? O caso brasileiro*, conversa com Jair Rattner ( Jornalista) e Luanda Cozetti (Cantora), 60’; Sala 2
Sendo o voto um direito, deve ser, em simultâneo, um dever? O voto obrigatório aumenta a participação dos cidadãos na vida política? O crescimento da abstenção é sinal de que é preciso criar mecanismos que levem um maior número de eleitores para as urnas de voto? Ou o voto facultativo melhora a qualidade do ato eleitoral pela participação de eleitores, na sua maioria, conscientes e motivados? Não será antes o voto facultativo a aplicação plena de um direito e da liberdade de expressão? Estas e outras questões sobre a participação dos cidadãos nas eleições serão debatidas, tendo como caso de estudo o modelobrasileiro.
21h15
“Techo y Comida”, filme de Juan Miguel de Castillo, Espanha, 2015, 93’; M/6; Sala 3
Em estreia nacional, um filme dramático e honesto sobre uma mãe solteira e desempregada, que se debate com graves problemas financeiros. Com medo de perder a tutela maternal do pequeno Adrián, de 8 anos, tenta proporcionar-lhe uma vida normal. Até que o dono da casa onde vive, perante a falta de pagamento da renda, quer avançar com uma ação de despejo. O filme e a protagonista, a atriz Natalia de Molina, foram premiados em vários festivais de cinema espanhóis.
Apoio: Instituto Cervantes
22 ABRIL
10h à 11h30 Como se faz uma bandeira Atelier Infantil Sala 2
Dar a conhecer aos mais novos os símbolos nacionais, a bandeira e o hino, a sua história e significados, são os principais objetivos desta oficina que pretende ainda motivar uma reflexão em torno da identidade nacional e, em simultâneo, da identidade pessoal. Atelier dinamizado pelo Serviço Educativo do Museu da Presidência da República Grupo-alvo: 6 a 12 anos; máximo 25 crianças
Inscrição via festivalpolitica@gmail.com
12h15 às 13h
“NHA CASA, NHA BAIRRO (COMO SE CONSTRÓI O FUTURO?)” Teatro Infantil 40’; m/4; SALA 2
Com direção artística de Susana Arrais e encenação de Catarina Aidos, esta peça é o resultado de um conjunto de improvisações feitas por crianças de territórios sensíveis do concelho de Loures e crianças de lugares que dizemos mais seguros. Juntas responderam ao desafio “qual é o teu lugar mais bonito?”. Produção: Teatro Ibisco Agradecimentos: Fundação Calouste Gulbenkian e Narcisa Costa Elenco: Daniela, Elson, Gabiela, Ibrahim, Inês, Íris, Isabel, Jaime, Maimuna, Maria, Margarida, Rafael, Sónia, Taíssa.
15h
Abstenção De 0 a 25 Iniciativa Artística curadoria Jorge Matos/ Zurrumurru Foyer
Sendo a Abstenção o tema do Festival Política, que se realiza nas vésperas do 25 de Abril, cinco autores vão conceber, cada um, uma peça serigráfica sobre o impacto da abstenção na vida política portuguesa. Estas peças serão impressas e vendidas no local. Participam André da Loba, Carolina Maria, Miguel Januário (mais menos), Sara Maia e Alberto Faria.
15h
Como juntar pessoas à volta da informação pública* Workshop Civic Tech Ana Isabel Carvalho e Ricardo Lafuente 45’; Sala 2
O termo “civic tech” tem tido um grande foco nos últimos anos, descrevendo esforços da sociedade civil de apontar questões sociais e delinear soluções para elas, de forma aberta e colaborativa. Os encontros “Date With Data” no Porto têm sido um exemplo de espaço cívico para desenvolver em conjunto essas soluções e que pela primeira vez se realizam em Lisboa.
15H30
“Democracia na onda dos dados”, Filme de Daniel Bernet Alemanha, 2015, 100’; M/6; Sala 3
Um documentário surpreendente sobre o processo legislativo nos bastidores da União Europeia. Uma história fascinante e explosiva sobre um grupo de políticos que tentam proteger a sociedade digital dos perigos dos megadados e da vigilância maciça.
16h
A importância da transparência/como aceder à informação pública* Workshop com Bárbara Rosa 45’; Sala 2
Qual é a relação entre transparência governativa e qualidade de vida dos cidadãos? O que é que cada um de nós pode fazer para transformar a cultura do segredo em cultura do acesso? Estas perguntas vão guiar uma apresentação que pretende converter os cidadãos em atores desta democracia que está cansada dos meros espectadores.
16h30 às 20h
Mini Hackathon, Foyer
A mini-hackathon seguirá o modelo dos encontros “Date With Data”, onde se valorizam as mãos na massa, o uso de fontes públicas de informação e a partilha de conhecimentos. A ênfase do evento será prática, mas não é preciso qualquer especialização técnica para participar – apenas vontade e um computador portátil. Limitado a 20 participantes
Inscrição via festivalpolitica@gmail.com
17h
Democracia adicta - os vícios da governação * Workshop com João Paulo Batalha, presidente da TIAC – Transparência e INTEGRIDADE, Associação Cívica 45’; SALA 2
«Em teoria, não existe diferença entre a teoria e a prática. Na prática, existe!». Esta velha frase anónima é a diferença entre a democracia que queremos e a democracia que temos. Neste workshop, o presidente da Transparência e Integridade, Associação Cívica, João Paulo Batalha, vai falar dos pecados de ação dos eleitos e dos pecados de omissão dos eleitores. A temida palavra C – corrupção – não é o tema central mas vai andar por aí.
17h30
“Aristides Sousa Mendes – un hombre bueno” Filme de Victor Lopes + conversa com realizador * Argentina, 2017, 60’; M/6; SALA 3
Na tela conta-se a história de sete dias na vida do cônsul português na cidade francesa de Bordéus que, entre 16 e 23 de Junho de 1940, assinou cerca de 30 mil vistos que permitiram a muitas famílias de origem judia abandonar França tomada pelos nazis. Os salvo-condutos abriram a porta à entrada em Portugal e, para muitos, a viagem até ao outro lado do Atlântico, para longe do Holocausto. Estreia europeia.
18h
Qual é o papel do jornalismo independente na democracia? * debate Curadoria: É Apenas Fumaça Sala 2
O que é que os media mainstream não nos contam? Vamos juntar na mesma mesa quatro projetos de jornalismo independente, para analisar o papel do jornalismo na construção da democracia. Participam: Pedro Santos (É Apenas Fumaça), Carla Fernandes (Rádio Afrolis); Diogo Cardoso (Divergente)
*Ações com tradução simultânea para linguagem gestual
CENSURA: ALGUNS CORTES
filme de MANUEL MOZOS
Portugal, 1999, 75 min
22, 23 e 24 Abril
SALA DE VISIONAMENTO DO EDIFÍCIO DA RANK FILMES/ CINEMA SÃO JORGE
16H ÀS 22H
entrada livre sujeita à lotação das sala, m/12
Neste Abril em Lisboa abrimos simbolicamente as portas de uma sala de projeção privada do antigo edifício da Rank Filmes, contíguo ao Cinema São Jorge, onde alegadamente vários filmes terão sido visionados pela Comissão de Censura aos Espetáculos (que a partir de 1957, por altura do aparecimento da televisão, se passou a denominar por Comissão de Exame e Classificação dos Espetáculos).
Durante três dias, será projetado na sala recentemente recuperada – que, tal como o Cinema São Jorge, foi construída no final dos anos 40 do século passado, em pleno Estado Novo, e mantém ainda as cadeiras originais – um filme que resulta precisamente desta atividade: “Censura: Alguns Cortes”, obra encomendada pela Cinemateca Portuguesa ao realizador Manuel Mozos, a propósito da comemoração do 25.º aniversário da Revolução dos Cravos em Portugal.
Os 75 minutos do filme incluem cortes feitos pela censura a cerca de 50 fitas produzidas entre 1950 e 1972, que tiveram distribuição comercial em Portugal e foram conservadas pela Cinemateca.
Encontramos aqui excertos de filmes de Renoir, Antonioni, Rossellini, Guitry ou até mesmo da Disney, que através da montagem de Mozos ganham coerência, construindo uma nova narrativa. Os excertos cortados surgem misturados, sem referenciar os filmes originais, não tendo lugar qualquer distinção entre clássicos que ficaram para a história do cinema e fitas que não sobreviveram ao julgamento do tempo. Ao misturar filmes consagrados com outros desconhecidos, Mozos mostra que a censura era um sistema totalitário capaz tanto de mutilar obras-primas como filmes esquecidos e considerados medíocres pela crítica.
INAUGURAÇÃO PALÁCIO BALDAIA
25 de abril
ENTRADA LIVRE (sujeita à lotação da sala); M/ 6
No dia em que se celebra a revolução assinala-se também a restituição deste espaço aberto à freguesia de Benfica, refletindo os valores de Abril com a sua valorização cultural e a abertura do palácio setecentista que foi pertença de D. Maria Joana Baldaia.
A festa faz-se com muita música, pela Orquestra Geração, pelas Novas Vozes de Abril e terminado com um espetáculo de Paulo de Carvalho, “Fados Meus”.
O Palácio Baldaia já serviu como hotel nos finais do séc. XIX. No primeiro quartel do séc. XX, o Estado comprou esta construção para aí instalar o Laboratório de Patologia Veterinária. Na atualidade, o Palácio e os seus jardins irão albergar um conjunto de atividades dedicadas à cultura, à educação e à inovação.
16H — Orquestra Geração
17H — Novas Vozes de Abril
18H — Paulo de Carvalho, Fados Meus
CENSURA: ALGUNS CORTES
filme de MANUEL MOZOS
Portugal, 1999, 75 min
22, 23 e 24 Abril
SALA DE VISIONAMENTO DO EDIFÍCIO DA RANK FILMES/ CINEMA SÃO JORGE
16H ÀS 22H
entrada livre sujeita à lotação das sala, m/12
Neste Abril em Lisboa abrimos simbolicamente as portas de uma sala de projeção privada do antigo edifício da Rank Filmes, contíguo ao Cinema São Jorge, onde alegadamente vários filmes terão sido visionados pela Comissão de Censura aos Espetáculos (que a partir de 1957, por altura do aparecimento da televisão, se passou a denominar por Comissão de Exame e Classificação dos Espetáculos).
Durante três dias, será projetado na sala recentemente recuperada – que, tal como o Cinema São Jorge, foi construída no final dos anos 40 do século passado, em pleno Estado Novo, e mantém ainda as cadeiras originais – um filme que resulta precisamente desta atividade: “Censura: Alguns Cortes”, obra encomendada pela Cinemateca Portuguesa ao realizador Manuel Mozos, a propósito da comemoração do 25.º aniversário da Revolução dos Cravos em Portugal.
Os 75 minutos do filme incluem cortes feitos pela censura a cerca de 50 fitas produzidas entre 1950 e 1972, que tiveram distribuição comercial em Portugal e foram conservadas pela Cinemateca.
Encontramos aqui excertos de filmes de Renoir, Antonioni, Rossellini, Guitry ou até mesmo da Disney, que através da montagem de Mozos ganham coerência, construindo uma nova narrativa. Os excertos cortados surgem misturados, sem referenciar os filmes originais, não tendo lugar qualquer distinção entre clássicos que ficaram para a história do cinema e fitas que não sobreviveram ao julgamento do tempo. Ao misturar filmes consagrados com outros desconhecidos, Mozos mostra que a censura era um sistema totalitário capaz tanto de mutilar obras-primas como filmes esquecidos e considerados medíocres pela crítica.
INAUGURAÇÃO PALÁCIO BALDAIA
25 de abril
ENTRADA LIVRE (sujeita à lotação da sala); M/ 6
No dia em que se celebra a revolução assinala-se também a restituição deste espaço aberto à freguesia de Benfica, refletindo os valores de Abril com a sua valorização cultural e a abertura do palácio setecentista que foi pertença de D. Maria Joana Baldaia.
A festa faz-se com muita música, pela Orquestra Geração, pelas Novas Vozes de Abril e terminado com um espetáculo de Paulo de Carvalho, “Fados Meus”.
O Palácio Baldaia já serviu como hotel nos finais do séc. XIX. No primeiro quartel do séc. XX, o Estado comprou esta construção para aí instalar o Laboratório de Patologia Veterinária. Na atualidade, o Palácio e os seus jardins irão albergar um conjunto de atividades dedicadas à cultura, à educação e à inovação.
16H — Orquestra Geração
17H — Novas Vozes de Abril
18H — Paulo de Carvalho, Fados Meus
TEMPO DEPOIS DO TEMPO FOTOGRAFIAS DE ALFREDO CUNHA 1970 – 2017, GALERIA MUNICIPAL DO TORREÃO NASCENTE DA CORDOARIA NACIONAL
Até 25 de Abril
Terça a Sexta, 10h às 18h, Sábado e Domingo, das 14h às 18h.
Entrada livre
São mais de 500 fotografias que traçam o percurso de um fotógrafo e que ajudam a compreender acontecimentos marcantes da História recente de Portugal. Uma grande retrospectiva de um dos maiores nomes do fotojornalismo português que nos permite ver documentos fotográficos que cobrem quase 50 anos de carreira. São dele algumas das mais icónicas fotografias da Revolução dos Cravos, como também são dele as imagens da descolonização que nos ficaram na memória (contentores chegados das ex-colónias ao Padrão dos Descobrimentos, estátuas às fatias, “S. Tomé e Príncipe 1975”). Organizada por décadas e em núcleos – Nacional, Internacional, Retratos e AMI –, a exposição terá em destaque as transformações ocorridas em Portugal durante os últimos 50 anos, num percurso que também levou Alfredo Cunha a fotografar momentos, figuras e locais um pouco por todo o mundo."
Transportes: Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema/Cinema São Jorge
Metro: Avenida, Marquês
Comboio: Rossio
Barcos: Terreiro do Paço, Cais-do-Sodré
Autocarros: 702, 706, 709, 711, 712, 720, 723, 726, 727, 732, 736, 738, 744, 746, 753, 774, 783
Elevadores: Glória, Santa Justa
Transportes - Cordoaria Nacional
Autocarros: 714, 720, 724, 727, 732, 738, 742, 751, 756, 760
Eléctricos: 15, 18
Comboios: Alcântara Mar, Alcântara Terra
Transportes - Palácio Baldaia
Comboio: Benfica
Autocarros: 716, 724, 729, 746, 750, 758, 767, 799
Transportes - Terreiro do Paço
Metro: Terreiro do Paço
Autocarros: 711, 714, 732, 735, 736, 758, 759, 760, 781, 782
Eléctricos: 12, 15, 25, 28
Barco: Terreiro do Paço, Cais do Sodré
Comboio: Cais do Sodré, Rossio, Santa Apolónia
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