2017: Programação - FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN



Programação:

2 de Abril, 16 às 18h
Concerto Promenade
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete (para o Museu Gulbenkian)
Coleção do Fundador

Av. de Berna, 45A, Lisboa

O termo «promenade» (do francês se promener, que significa passear) começou a ser utilizado no século XIX, em Londres, para apelidar os concertos realizados nos jardins, durante os quais o público podia passear enquanto apreciava música ao vivo.

Em janeiro de 2016, o Museu Calouste Gulbenkian adotou este conceito, transferindo os usuais concertos de domingo, anteriormente realizados no átrio do Museu e da Biblioteca, para as galerias, permitindo que o público usufrua de música ao vivo durante a sua visita. Assim, encorajamos o visitante a circular livremente durante os concertos, reservando os lugares sentados para as pessoas com mobilidade reduzida.

Programa
Música em Família, Trio Saglimbeni
Beatriz Saglimbeni Manzanilla, violino
Ana Beatriz Manzanilla, violino
Pedro Saglimbeni Muñoz, viola de Arco

Johann Sebastian Bach
Adagio da Sonata Nº 1 em Sol menor para violino solo

Antonín Dvorak
Terzetto em Dó Maior para dois violinos e viola                                                                         I – Introduzione – Allegro ma non troppo
II – Larguetto
III – Scherzo – Vivace
IV – Tema com variazioni – Poco adagio – Molto Allegro

Zoltán Kodály
Serenata para dois violinos e viola, opus 12
I – Allegramente
II – Lento ma non troppo

III – Vivo

Conhecer uma obra — Guia de Audição, por Alexandre Delgado
11 Abril, 18:00
Entrada livre
Wolfgang Amadeus Mozart – Requiem
Edifício Sede – Auditório 3
Av. de Berna, 45A, Lisboa











Dia Internacional dos Museus 2017, 18 de Abril

Celebrar os museus com um dia repleto de conversas curtas e informais

Para 2017, o ICOM (International Council of Museums) definiu o tema “Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus” como mote para uma reflexão sobre o papel dos museus nas comunidades e na sociedade em geral. O Museu Calouste Gulbenkian respondeu ao desafio criando um programa de conversas curtas e informais, que decorrem nas galerias ao longo de todo o dia. Estas conversas resultam da escolha e da resposta de cada curador a esta temática, numa posição de abertura, diversidade e multiplicidade de vozes e visões.

Informações úteis

O acesso às conversas é gratuito, com levantamento de bilhete a partir das 14:00 do dia 17 de maio (sujeito à lotação). Neste dia, a entrada no Museu Calouste Gulbenkian – Coleção do Fundador e Coleção Moderna – é gratuita, exceto na exposição temporária dedicada a Almada Negreiros.

As visitas A Coleção Gulbenkian sai do armário dourado? e A Coleção Moderna e a sua relação com o Estado Novo serão realizadas em língua inglesa.


VISITAS GUIADAS
Negociações europeias e compra de obras, 10:15
Duração: 30 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 30
Idioma: Português
Público em geral, + 16
Ponto de Encontro: Museu Calouste Gulbenkian - Coleção do Fundador

Em 1770, Catarina II da Rússia encomenda a Paris aquele que seria designado como «Serviço Orloff». Executado em prata, este serviço destinava-se a ser usado pela imperatriz, permitindo servir sessenta convidados. Acabaria por ser oferecido ao seu protegido, o príncipe Gregory Orloff. Foi o primeiro serviço que Catarina II encomendou a ourives de Paris, fornecedores das principais cortes europeias. No final dos anos 20, Calouste Gulbenkian adquire algumas das mais importantes obras do serviço, então pertencentes ao Museu do Hermitage em São Petersburgo, numa altura em que os sovietes procuravam obter externamente divisas fortes para financiarem o «I Plano Quinquenal» de Estaline. 
Estas obras em prata servem de pano de fundo a inúmeras histórias: as opções estéticas de uma imperatriz que encontra em Paris os executantes da sua imagem de poder iluminado, a utilização do património cultural como ativo financeiro de uma nação, ou mesmo as consequências da Segunda Guerra Mundial, com a chegada, em 1942, de Calouste Sarkis Gulbenkian a Portugal.
Orientação, Nuno Vassallo e Silva

Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete. 


Visível e invisível na obra de Degas10:45
Duração: 30 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 30
Idioma: Português
Público em geral, + 16
Ponto de Encontro: Museu Calouste Gulbenkian - Coleção do Fundador

A obra Retrato de Henri Michel-Lévy, uma das mais inquietantes e enigmáticas composições de Degas, desenvolve-se num espaço de representação complexo, onde o pintor, através de elementos astuciosamente enclausurados em segmentos distintos da composição, simultaneamente (se) revela e (se) esconde, num jogo interminável de verdade e ilusão.
Orientação, Luísa Sampaio

Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete.


Uma história escondida num tapete11:15
Duração: 30 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 30
Idioma: Português
Público em geral, + 16
Ponto de Encontro: Museu Calouste Gulbenkian - Coleção do Fundador

O tapete tipo «combate de animais» (inv. T100) é um dos mais importantes da Coleção. É um tapete persa do século XVI, produzido em Caxã, um dos mais importantes centros de produção têxtil da época. Este exemplar, inteiramente feito de seda, pertence a um conjunto de tapetes de uma tipologia singular, da qual só existem dezasseis em todo o mundo. O que a maior parte das pessoas desconhece é que esta peça foi restaurada por Hagop Kapoudjian, um tapeceiro arménio que se fixou em Paris na década de 1920 e que trabalhou para Calouste Gulbenkian como restaurador de tapetes. Hagop Kapoudjian vivia em Istambul e, tal como Calouste Gulbenkian, foi forçado a abandonar a Turquia devido ao aumento das perseguições aos arménios.
Orientação, Clara Serra

Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete.


Vigiar, esconder e punir – uma “história controversa”12:00
Duração: 30 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 30
Idioma: Português
Público em geral, + 16
Ponto de Encontro: Coleção Moderna

A partir da série 22474, (2000), de José Luís Neto
No início do século XX, nas penitenciárias portuguesas, o uso obrigatório do capuz impedia a identidade e o reconhecimento dos prisioneiros. José Luís Neto amplia os rostos tapados de cada um (dez casos) a partir do negativo de uma fotografia de Benoliel realizada em 1913, fazendo sentir, mais do que ver, o encarceramento físico e psicológico extremo a que o dispositivo correspondia.
Se ser aprisionado na solidão e no anonimato total causa viva repugnância ao homem contemporâneo, a exposição voluntária da vida privada nas redes sociais coloca-o, aparentemente, no extremo oposto da vivência comunitária: mas esses dois extremos tocam-se na condição “prisional” da vigilância permanente.
Orientação, Leonor Nazaré
Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete. 


Criação do edifício do Centro de Arte Moderna12:30
Duração: 30 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 30
Idioma: Português
Público em geral, + 16
Ponto de Encontro: Coleção Moderna

Uma história de resistência e contestação
Da necessidade de preencher uma lacuna cultural através da criação de um edifício que albergasse a coleção que a Fundação Calouste Gulbenkian tinha vindo a adquirir desde 1958, até à construção e inauguração do Centro de Arte Moderna em 1983 no Parque Gulbenkian, passaram-se anos de estudo e de polémica em torno do que hoje é o edifício da Coleção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian. A partir desta discussão, caminharemos por debates televisivos e manifestações no Jardim, mas também pela valorização do Centro e sua mais-valia, numa época de crescimento e desenvolvimento de um país de ausências culturais.
Orientação, Patrícia Rosas

Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete. 


A História silenciada14:45
Duração: 30 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 30
Idioma: Português
Público em geral, + 16
Ponto de Encontro: Coleção Moderna

Digressão pela “batalha dos três reis” e pela construção do mito sebastianista através da dupla face de um boneco de papel e do que a narrativa histórica prefere esquecer.
O artista José de Guimarães é conhecido pela profunda influência que a cultura e a arte africanas exercem sobre a sua obra. Na década de 1980, o seu trabalho refletia estas preocupações, através de peças que retomavam temas da História e da História da Arte, como esta obra sobre o rei D. Sebastião, ou o retrato de Hélène Fourment, realizado a partir dos numerosos retratos que Rubens fez da sua mulher (um deles pertencente à Coleção do Fundador). Através da figuração caricatural do rei-fantasma, Guimarães convoca a escultura africana para nos falar sobre os escombros de um passado comum.
Orientação, Ana Vasconcelos

Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete. 


Os vidros mamelucos da coleção de arte islâmica, 15:30
Duração: 30 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 30
Idioma: Português
Público em geral, + 16
Ponto de Encontro: Museu Calouste Gulbenkian - Coleção do Fundador

O Museu Calouste Gulbenkian possui uma notável coleção de vidros mamelucos, produzidos no Egito ou Síria islâmicos no século XIV, incluindo sete lâmpadas de suspensão, duas garrafas e uma notável jarra com representações de pássaros de diversas espécies, incluindo a mitológica Fénix de influência chinesa.
As lâmpadas, com decorações douradas e esmaltadas e com inscrições que remetem para os seus doadores, e na maioria dos casos para a Sura da Luz do Alcorão – Nur –, atestam a sua relevância simbólica no interior das salas de oração, enquanto manifestação da presença divina, e também a importância do patronato por parte de figuras notáveis do mundo islâmico, com pormenores insuspeitados que procuraremos dar a conhecer melhor.
Orientação, Jorge Rodrigues

Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete. 


Versailles em papel, 16:00
Duração: 30 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 30
Idioma: Português
Público em geral, + 16
Ponto de Encontro: Museu Calouste Gulbenkian - Coleção do Fundador

A escrita de vândalo nas fotografias de Manuela Marques (séries Verre e Reflet) encerra códigos que ultrapassam a noção de tempo. Alguns dos exemplos que a artista registou são reveladores da fantasmagoria de uma escrita personalizada, vestígio da passagem do visitante por um espaço tornado templo da História. Esta espécie de “pré-texto” encontra matéria numa Versalhes de papel, construída em muitos livros, que escondem palavras e ideias, mas que os leitores revelam. São palavras e ideias que sussurram, embalam e seduzem, ou que escarnecem e se propagam, servindo de condimento e de estímulo à desobediência, que conduz à intemperança.
Orientação, João Carvalho Dias, Manuela Marques

Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete. 


A Coleção Gulbenkian sai do armário dourado?, 17:00
Duração: 30 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 30
Idioma: Inglês
Público em geral, + 16
Ponto de Encontro: Museu Calouste Gulbenkian - Coleção do Fundador

Narrativas queer na Coleção Gulbenkian
Há muitas maneiras diferentes de ler uma coleção de arte. Geralmente, a heterossexualidade, o género masculino e a “brancura” (racial) são presumidos, a menos que seja declarado o contrário, e declarar o contrário é tornar-se “outro”. Existem também diversas maneiras de ler coleções como queer – usar a biografia dos artistas, examinar o assunto da peça ou fazer uma leitura estética são algumas das possibilidades. Geralmente pensamos saber o que é arte queer, mas sabemos mesmo? Centrando-se em peças específicas da Coleção, Michael Langan explorará a possibilidade de descobrir histórias escondidas e marginalizadas e procurará criar “outras” narrativas que desafiam estas premissas, desafiando, também, o espectador.

Orientação, Michael Langan
Visita realizada em língua inglesa.

Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete. 


A Coleção Moderna e a sua relação com o Estado Novo17:45
Duração: 30 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 30
Idioma: Inglês
Público em geral, + 16
Ponto de Encontro: Coleção Moderna

Por que razão o Estado Novo está tão pouco representado na Coleção Moderna? O que significa o termo «moderno» e de que maneira a presente disposição cronológica da coleção é um ensaio para minorar o preconceito modernista?
Que tabus ainda existem sobre estas questões e de que maneira a Coleção Moderna espelha este problema?
Orientação, Penelope Curtis
Visita realizada em língua inglesa.

Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete.





21 Abril, 11:00
O poder da síntese – simplificar o traço, representar a natureza
Duração: 90 minutos
Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 18
Idioma: Português
Público em geral, + 16

Ponto de Encontro: Museu Calouste Gulbenkian - Coleção do Fundador

Ao percorrer o espaço da coleção islâmica, teremos a oportunidade de observar a simplicidade das formas vegetais e o preenchimento do vazio através de padrões lineares. A geometria presente nestas obras procura apresentar uma imagem organizada da natureza com a ideia de perfeição. Como é que resumimos uma flor a uma linha? E como tecer várias linhas para formar um padrão? 
Procuraremos construir o nosso próprio jardim de símbolos, desenhando e multiplicando, tendo como objetivo a criação de uma ideia de infinito presente na arte islâmica. Esta visita para desenhar procurará na linha a base para um registo gráfico de síntese, repleto de intenção e significado. É um exercício acessível para qualquer nível de desenhador.
Orientação , Ricardo Mendes

Entrada gratuita, requer levantamento de bilhete. 


Conhecer uma obra — Guia de Audição, por Alexandre Delgado
21 Abril, 18:00
Entrada livre
Camille Saint-Saëns – Concerto para Violoncelo e Orquestra n.º 1
Edifício Sede – Auditório 3
Av. de Berna, 45A, Lisboa












Solistas da Orquestra Gulbenkian
21 Abril, 21:30
Entrada livre
Edifício Sede – Grande Auditório
Av. de Berna, 45A, Lisboa

Cristina Ánchel Flauta
Alice Caplow-Sparks Oboé
Esther Georgie Clarinete
Vera Dias Fagote
Eric Murphy Trompa
Jordi Rodriguez Violino
Leonor Braga Santos Viola
Jeremy Lake Violoncelo
Maja Plüddemann Contrabaixo

Programa:
Francis Poulenc
Trois mouvements perpétuels
(para 9 instrumentos – arr. 1946)

Bohuslav Martinů
Nonet

Nino Rota
Nonetto


Conhecer uma obra — Guia de Audição, por Paulo Ferreira de Castro
28 Abril, 18:00
Entrada livre
L. Beethoven – Sinfonia n.º 9
Edifício Sede – Auditório 3
Av. de Berna, 45A, Lisboa


Conhecer uma obra — Guia de Audição, por Rui Vieira Nery
5 Maio, 18:00
Entrada livre
R. Strauss – Morte e Transfiguração
Edifício Sede – Auditório 3
Av. de Berna, 45A, Lisboa

Solistas da Orquestra Gulbenkian
5 Maio, 21:30
Entrada livre
Edifício Sede – Grande Auditório
Av. de Berna, 45A, Lisboa
Bin Chao Violino
Jorge Teixeira Violino
Lu Zheng Viola
Leonor Braga Santos Viola
Varoujan Bartikian Violoncelo
Matin Henneken Violoncelo

Programa
Luigi Boccherini
Sexteto para Cordas em Mi bemol maior, op. 23 n.º 1 (G.454)

Johannes Brahms
Sexteto para Cordas n.º 1, em Si bemol maior, op. 18


Conhecer uma obra — Guia de Audição
19 Maio, 18:00
Entrada livre
Wenjing – The Rite of Mountains
Edifício Sede – Auditório 3


Conhecer uma obra — Guia de Audição, por Alexandre Delgado
26 Maio, 18:00
Entrada livre
E. Elgar – The Dream of Gerontius
Edifício Sede – Auditório 3
Av. de Berna, 45A, Lisboa


Solistas da Orquestra Gulbenkian
26 Maio, 21:30
Entrada livre
Edifício Sede – Grande Auditório
Av. de Berna, 45A, Lisboa

Pedro Ribeiro Oboé
Tera Shimizu Violino
Jorge Teixeira Violino
Maria José Laginha Violino
Maria Balbi Violino
Lu Zheng Viola
Martin Henneken Violoncelo
Raquel Reis Violoncelo
Pedro Vares de Azevedo Contrabaixo
Vera Dias Fagote
Marcos Magalhães Cravo

Programa
Antonio Vivaldi
Concerto para quatro Violinos, em Si menor, RV 580

Pedro Antonio Avondano
Sinfonia em Fá maior

Alessandro Marcello
Concerto para oboé em Dó menor

Antonio Vivaldi
Concerto para dois Violoncelos, em Sol menor, RV 531

Georg Friedrich Händel
Concerto Grosso em Sol maior, HWV 314

O Stradivarius português, Pavel Gomziakov
2 de Junho, 21:00
Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço. Bilhetes levantados no próprio dia a partir das 10h00, na bilheteira da FCG.
Edifício Sede – Grande Auditório
Av. de Berna, 45A, Lisboa

Programa
Depois de, em 2015, ter gravado pela primeira vez com a Orquestra Gulbenkian dois concertos para violoncelo e orquestra de J. Haydn, Pavel Gomziakov apresenta-se desta vez em recital, acompanhado pelo pianista Andrey Korobeinikov. Inteiramente dedicado a compositores russos, o programa será interpretado no raro violoncelo Stradivarius, uma das jóias da coroa do valioso espólio do Museu da Música. Construído em 1725 por Antonio Stradivari, este instrumento pertenceu ao rei D. Luís, e foi classificado como Tesouro Nacional em 2006.

Pavel Gomziakov Violoncelo
Andrey Korobeinikov Piano

Programa
Sergei Taneyev
Canzone para Violoncelo e Piano

Nikolai Myaskovsky
Sonata para Violoncelo e Piano n.º 2, em Lá menor, op. 81

Sergei Rachmaninov
Sonata para Violoncelo e Piano, em Sol menor, op. 19




JARDIM DE VERÃO
23 de Junho a 20 de Julho
Depois do sucesso da 1ª edição, que em 2016 assinalou o 60º aniversário da Fundação Calouste Gulbenkian, uma grande diversidade de iniciativas volta a animar o jardim e outros espaços da Fundação, ao longo de quase um mês, com a programação a intensificar-se aos fins-de-semana. De 23 de junho a 20 de julho, concertos, filmes, leituras encenadas, conversas, conferências, workshops e atividades para famílias, entre outras iniciativas, preenchem o programa que reflete a intervenção multifacetada da Fundação Gulbenkian, não apenas no campo das artes, mas também na ciência e nos projetos comunitários que apoia e promove.


Sex, 23 junho, 2017 - 18:00 até 19:00
Arrival, por Rawi Hage
Moderação de Rui Cardoso Martins

Edifício Sede – Auditório 3
Entrada livre

Num mundo em perpétuo movimento, expansão e colapso, as chegadas são um intervalo de comoção, uma hesitação em movimento. A chegada nunca é passiva. Não é neutra, e nunca é inocente para aqueles que chegam ou para aqueles que partiram antes deles. Numa era de deslocações em massa e de crises de refugiados, nesta conferência Rawi Hage fala do conceito de chegada como ato contestado, cultural, político e histórico, e como uma evolução contínua do eu: uma forma de renovação ou reinvenção. Como escreve Italo Calvino: “Mas como é que consegui chegar, se ainda não parti?”

Rawi Hage (Beirute, 1964) é um filho da guerra. Aos 18 anos emigrou para os Estados Unidos. Em Nova Iorque, depois do árabe e do francês, adotou a sua terceira língua, que se tornou aquela em que escreve: o inglês. Foi distinguido com vários prémios literários de prestígio incluindo o IMPAC Dublin Literary Award. É autor de três romances e o seu trabalho está traduzido em 30 línguas, incluindo português. Rawi Hage vive em Montréal.

Rui Cardoso Martins (Portalegre, 1967) é escritor, cronista e argumentista. Escreveu Deixem Passar o Homem Invisível (Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores APE, 2009), entre outros romances. Repórter e cronista premiado, cofundador das Produções Fictícias e coautor dos históricos programas de humor Contrainformação, Herman Enciclopédia, Conversa da Treta. Os seus livros estão traduzidos em várias línguas.

Esta conferência é organizada em parceria com a Embaixada do Canadá em Portugal.
Em inglês com tradução simultânea.


Sex, 23 junho, 2017 - 19:00 até 21:15
Twenty-One-Twelve, the day the world didn’t end, de Marco Martins
A Gulbenkian e o Cinema Português

Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

O ciclo A Gulbenkian e o Cinema Português é uma mostra do trabalho de criadores nacionais apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, sobretudo na última década, com a curadoria de Miguel Valverde.

Twenty-One-Twelve, de Marco Martins
(2:11´) / 2013

A narrativa passa-se durante o dia mais curto do ano (no hemisfério norte), 20 de dezembro de 2012. De acordo com as previsões do calendário Maia, o dia 21 de dezembro marcaria o fim dos dias na Terra. Curiosamente, e apesar da inexatidão da previsão, esta data marca um momento histórico: uma total apreensão relativamente ao futuro. O filme foi rodado em sítios como Lisboa, Tóquio, Mumbai, Biella (Itália), Oxford e Trás-os-Montes, e através das experiências de 12 dos habitantes de terras na sua rotina diária traça o retrato do fim de uma era. À medida que o dia avança para o ocaso, cresce a ideia de um ciclo que está a chegar ao fim e da necessidade de mudança. Com o nascer do sol surge uma nova esperança e a oportunidade de nos reinventarmos.

O escritor Gonçalo M. Tavares, o músico David Santos (Noiserv), o astrofísico Pedro Gil Ferreira, a aldeã Maria de Fátima Príncipe e o pastor Fernando Magalhães, ambos de Trás-os-Montes, são as personagens portuguesas.

No final da sessão, haverá uma conversa com o realizador.


Sáb, 24 junho, 2017 - 16:00 até 17:00
Dom, 25 junho, 2017 - 16:00 até 17:00
Sáb, 1 julho, 2017 - 16:00 até 17:00
Sons no Silêncio
Jardim Gulbenkian – Clareira
Entrada livre

Leituras por finalistas do concurso Dá Voz à Letra 2015, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Direção: Carlos Pimenta
Seleção de textos: Helena Vasconcelos
Sonoplastia: Tiago Jónatas

Com Carolina Mourato, João Teixeira, Matilde Anjos, Maria Casquinha, Pedro Freitas, Rita Sousa

A palavra (o Verbo), princípio e fim da mente humana, desafia a quietude do jardim, o ruído da cidade, os sons que irrompem de recantos misteriosos. Os corpos vibram. A palavra diz-se. Cinco vozes rasgam o espaço, contam, enumeram, desafiam; ganham ímpeto, resistem. As vozes são jovens, ardentes, imperiosas. Fazem-se ouvir, num diálogo (ou duelo) com fragor da cidade, com a quietude do jardim, com o silêncio dos espectadores.

Dizer, é preciso.

Todos sabemos como, e quanto, Fernando Pessoa admirava o poeta americano Walt Whitman – escreveu mesmo uma “Saudação a Walt Whitman” (Álvaro de Campos), chamando-o de “irmão”: De aqui, de Portugal, todas as épocas no meu cérebro/,Saúdo-te, Walt, saúdo-te, meu irmão em Universo,(…). Tendo em vista esta afinidade, propomos um “duelo” entre os dois poetas, “como se eles se tivessem, efetivamente,  encontrado”, lendo um para o outro as suas obras mais exaltantes: “Ode Triunfal” ( do heterónimo Álvaro de Campos. Fernando Pessoa) e “Eu Canto o Corpo Eléctrico” de Walt Whitman.

Sáb, 24 junho, 2017 - 17:00 até 18:00
Jardim Gulbenkian – Sítio da Oliveira
Arte e Comunidade
por Filipa Reis e João Miller Guerra, realizadores e produtores

Entrada livre

Filipa Reis (Lisboa, 1977) e João Miller Guerra (Lisboa, 1974) vivem e trabalham juntos em Lisboa. Entre os filmes que realizaram em conjunto destacam-se “Li Ké Terra”, “Orquestra Geração”, “Cama de Gato” e “Fora da Vida”, premiados em festivais nacionais como o DocLisboa e o Indie Lisboa, e que viajaram um pouco pelo mundo em festivais internacionais como o Cinema du Réel, IDFA ou DokLeipzig. Em 2008, Filipa e João fundaram a sua produtora onde trabalham com as assinaturas Vende-se Filmes, em televisão, e Uma Pedra no Sapato, em cinema. Entre outros filmes, produziram juntos “Balada de um Batráquio”, realizado por Leonor Teles, que venceu o Urso de Ouro para Melhor Curta-metragem no Festival de Berlim 2016.


Sáb, 24 junho, 2017 - 19:00 até 20:40
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Filmes de Pedro Peralta, Tomás Baltazar, Filipa César, João Viana
A Gulbenkian e o Cinema Português

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

O ciclo A Gulbenkian e o Cinema Português é uma mostra do trabalho de criadores nacionais apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, sobretudo na última década.

Ascensão, de Pedro Peralta
Um dia Cabouqueiros, de Tomás Baltazar
Mined Soil, de Filipa César
Tabatô, de João Viana


Ascensão, de Pedro Peralta (18´) / 2016
Nas brumas da alvorada, um grupo de camponeses tenta resgatar o corpo de um rapaz de um poço. O tempo escasseia. As mulheres velam ansiosas em silêncio. Os homens inclinam- se para onde a Morte revela o rosto ao destino. No centro de todos eles: uma Mãe aguarda o resgate do filho.
A espera acaba. O corpo do rapaz emerge das profundezas da terra. No movimento inverso ao de um nascimento, uma Mãe vê-se a braços com o cadáver do filho.
Mas como pode a Vida cessar, se na Natureza tudo renasce, imensamente?
Ao fundo o sol inunda o horizonte. Há um novo dia adiante.

Um dia Cabouqueiros, de Tomás Baltazar (37´) / 2015
Um dia, vinte e quatro horas em três pedreiras abandonadas. Diferem na localização, na textura, na dimensão e no minério de extração. Mais do que uma análise do impacto social, ambiental ou económico das pedreiras em Portugal, observam-se de forma documental estas diferenças.

Mined Soil, de Filipa César (33´) / 2015
Este filme-ensaio conduz-nos através de uma revisitação do trabalho do agrónomo guineense Amílcar Cabral: do estudo sobre a erosão do solo na região do Alentejo, em Portugal, no fim da década de 40, até ao seu envolvimento como um dos líderes do Movimento de Libertação Africano, cruzando documentação sobre uma mina de ouro experimental, operada na atualidade por uma empresa canadiana no mesmo local onde em tempos foi estudado por Amílcar Cabral. A voz off explora o espaço, as superfícies e as texturas das imagens, propondo definições passadas e presentes de solo como um repositório de memória, vestígio, exploração, crise, arsenal, tesouro e palimpsesto.

Tabatô, de João Viana (13´) / 2013
Mutar, antigo combatente, está de volta à Guiné.
Na bagagem, traz estranhos objetos.
Fatu, a filha, na sua ausência, abre-lhe a mala.
Pouco depois Idrissa encontra Mutar com a mão cheia de sangue.
É então que Idrissa pega no tambor.

No final da sessão, haverá uma conversa com os realizadores.


Dom, 25 junho, 2017 - 15:00 até 16:00
Dom, 2 julho, 2017 - 15:00 até 16:00
Eid – conversas à volta do tapete
Museu – Coleção do Fundador

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

Por Diana Pereira, Omid Baharami, Ricardo Mendes

Em árabe, Eid significa «celebração» ou «festividade» e é uma palavra utilizada em diferentes ocasiões ao longo do ano. Eid al-Fitr é a festa muçulmana que celebra o fim do Ramadão, um momento de felicidade partilhado pela comunidade.

Mínimo de Participantes: 10
Máximo de Participantes: 25


Dom, 25 junho, 2017 - 17:00 até 19:00
Imagens do Sentir
Jardim Gulbenkian – Sítio da Oliveira

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

Por: MEF – Movimento de Expressão Fotográfica

Será possível conceber e compreender imagens sem utilizar a visão? Nesta atividade, vamos experimentar formas alternativas de reconhecer, organizar e dar sentido a pequenos trajetos dentro do Jardim Gulbenkian. Cada participante, acompanhado por outro – e revezando-se ambos nos papéis de descritor e de construtor de imagens –, deixa-se orientar pelo tato, pela descrição e pelo som, dando largas à criatividade e às emoções, para captar imagens mentais que mais tarde poderá contemplar.

Nota: Para esta atividade, é necessário que cada participante traga um dispositivo digital de captação de imagem (telemóvel, câmara fotográfica, etc.)

Mínimo de Participantes: 5
Máximo de Participantes: 14

As atividades para famílias pressupõem a participação ativa dos adultos. Os bilhetes são disponibilizados 15 minutos antes do seu início, no local onde se realiza a atividade.


Dom, 25 junho, 2017 - 19:00 até 20:40
Esta é a Minha Casa e Viagem à Expo, de João Pedro Rodrigues
A Gulbenkian e o Cinema Português
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

O ciclo A Gulbenkian e o Cinema Português é uma mostra do trabalho de criadores nacionais apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, sobretudo na última década.

Esta é a Minha Casa
Viagem à Expo
de João Pedro Rodrigues

Esta é a Minha Casa (50´) / 1997
João Pedro Rodrigues filma a viagem de férias de uma família de emigrantes, os Fundo, de Paris até à sua terra natal, em Trás-os-Montes. Imagens do quotidiano do casal em Paris – ele é sapateiro, ela é porteira – alternam com registos da jornada que fazem de carro pelas autoestradas de França e Espanha até Portugal, e momentos vividos no decurso das férias.

Viagem à Expo (54´) / 1998
Em virtude da campanha de promoção internacional da EXPO 98, a capital portuguesa era então presença frequente nos meios de comunicação social em França. Um ano depois, nas férias de verão, João Pedro Rodrigues volta a filmar esta família emigrada em França num périplo pelas zonas históricas da capital, pelos arredores da cidade, na visita que fazem à Expo ou ao Estádio da Luz.
No final da sessão, haverá uma conversa com os realizadores.


Seg, 26 junho, 2017 - 19:00 até 19:45
Filmes de Leonor Noivo e João Salaviza
A Gulbenkian e o Cinema Português
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

O ciclo A Gulbenkian e o Cinema Português é uma mostra do trabalho de criadores nacionais apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, sobretudo na última década.

Tudo o que Imagino, de Leonor Noivo
Altas Cidades de Ossadas, de João Salaviza
Tudo o que Imagino, de Leonor Noivo (31´) / 2017
Fim da adolescência, fim da escola, o último verão antes do mundo do trabalho para um grupo de amigos no bairro de Alcoitão, ‘’BDA’’. Sem adultos por perto, há a ilusão que se pode fazer o que se quer. André improvisa o rap como improvisa a vida, na procura de um caminho que o deixe mais livre, tenta fugir do que lhe é próximo e do que conhece, mas nunca conseguirá sair de si próprio.

Altas Cidades de Ossadas, de João Salaviza (19´) / 2017
Karlon, nascido na Pedreira dos Húngaros e pioneiro do rap crioulo, fugiu do bairro onde foi realojado. Noites de vigília, sob um febril calor tropical. Entre as canas-de-açúcar, um rumor. Karlon não parou de cantar. Altas Cidades de Ossadas é um tateio inquisitivo e imaginativo às suas memórias, ao cerco institucional, e às histórias submersas de um tempo sombrio.
No final da sessão, haverá uma conversa com os realizadores.


Qua, 28 junho, 2017 - 19:00 até 20:00
Pra Um País Tão Pequeno
Edifício Sede – Zona de Congressos

Entrada livre

Encenação: Tiago Torres da Silva
Elenco: Joana Amendoeira, Maria Carson, Rodrigo Costa Félix, Tiago Fernandes
Video: Aurélio Vasques


A partir de letras de fados, quadros de revista e outros textos do início do século XX alusivos à Grande Guerra, no texto “Pra Uma País Tão Pequeno” fala-se da vida do soldado nas trincheiras, mas também da vida dos que ficaram e das restrições que lhes foram impostas.



Desde Qua, 28 junho, 2017 a Sex, 30 junho, 2017 - 10:00 até 18:00
“’Ninguém sabe que coisa quer’: A Grande Guerra e a Crise dos Cânones Culturais Portugueses”
Colóquio Internacional
Edifício Sede – Auditório 2

Entrada livre

Para lá do seu profundo impacto político, económico e social, a participação de Portugal na I Guerra Mundial marcou profundamente todos os domínios da vida cultural portuguesa, desde as práticas e representações quotidianas à criação artística e literária. Este colóquio analisa e discute os efeitos do conflito na Literatura, nas Artes Plásticas, na Música, no Teatro e no Cinema, mas também no pensamento político, na esfera religiosa, nos comportamentos e nas mentalidades. No âmbito da programação do Jardim de Verão, o colóquio é complementado pela exposição “E tudo se desmorona: Impactos Culturais da Grande Guerra em Portugal”, por leituras encenadas, concertos e o ciclo de cinema “Imagens da Grande Guerra”.


Qui, 29 junho, 2017 - 18:00 até 19:00
Arte Islâmica no Museu hoje: uma oportunidade?
Com Sussan Babaie, Cigdem Kafescioglu e Avinoam Shalem
Edifício Sede – Auditório 3

Entrada livre

Este debate coincide com uma nova apresentação da coleção de objetos otomanos do Museu Calouste Gulbenkian – Coleção do Fundador, e marca a importante celebração que assinala o fim do Ramadão, o mês de jejum sagrado para os muçulmanos de todo o mundo. A conferência “Arte islâmica no Museu hoje: uma oportunidade?” reúne académicos e profissionais da área da museologia, alargando o âmbito do debate e explorando as oportunidades latentes no ato de repensar o conceito de «islâmico», as sensíveis ligações entre as artes moderna e contemporânea, e as práticas históricas de colecionismo e exposição dos museus europeus e norte-americanos.

Oradores: Sussan Babaie (The Courtauld Institute of Art, Universidade de Londres); Cigdem Kafescioglu (Universidade Boğaziçi, Istambul); Avinoam Shalem (Universidade de Columbia, Nova Iorque).



Desde Sex, 30 junho, 2017 a Seg, 4 setembro, 2017 - 10:00 até 18:00
Tudo se Desmorona, Impactos culturais da Grande Guerra
Edifício Sede – Galeria do Piso Inferior

Entrada livre

Comissários: Pedro Oliveira, Carlos Silveira, Ana Vasconcelos

Integrada num conjunto de iniciativas evocativas do centenário da Primeira Guerra Mundial, a exposição “E tudo se desmorona’: Impactos Culturais da Grande Guerra em Portugal” procura dar conta do seu impacto na sociedade e cultura portuguesas, quer no decurso do conflito propriamente dito, quer nos anos subsequentes, tendo como referência um período cronológico situado entre 1914 e 1935.

Organizada em torno de seis núcleos temáticos, a exposição apresentará diversas obras e documentos inéditos evocativos dos acontecimentos, mudanças e tendências sociais e culturais ocorridas neste período e que tiveram a sua génese ou foram acentuadas com a deflagração da Grande Guerra.



Sex, 30 junho, 2017 - 17:00 até 18:00
Cairo Jazz Station, por Abdallah Abozekry, Ismail Altunbas, João Barradas e Loris Lari
Jardim Gulbenkian – Sítio da Oliveira

Entrada livre

João Barradas e Abdallah Abozekry falarão da ponte entre a música portuguesa e a música árabe. A sua relação com o tempo, a harmonia, as diferentes afinações e escalas próprias. A improvisação na música tradicional dos seus dois países, Portugal e Egito, também será discutida, sendo uma peça fundamental na formação do grupo Cairo Jazz Station.

Ismail Altunbas falará da técnica do Mestre Misirli Ahmet, da diferença entre a estética de percussão na Turquia e no resto do mundo árabe.

Loris Lari aprofundará a história do contrabaixo como parte integral da orquestra, a sua evolução como instrumento solista no séc. XX até à sua introdução na música contemporânea e no Jazz.

Os músicos estarão disponíveis para responder a perguntas do público e fazer demonstrações dos temas referidos.


Sáb, 1 julho, 2017 - 15:00 até 15:50
Trio Aeternus: música arménia
Museu – Coleção Moderna – Nave

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

O Trio Aeternus é um trio de piano clássico formado pelo britânico Alexander Stewart (violino), o arménio Varoujan Bartikian (violoncelo) e o polaco Lucjan Luc (piano). Depois de várias atuações em conjunto, os três músicos, unidos pela amizade, decidiram formar em 2013 um trio de piano com o desejo comum de explorar um vasto repertório.


Sáb, 1 julho, 2017 - 17:00 até 19:00
Dom, 2 julho, 2017 - 17:00 até 19:00
Crescer ou não crescer… Eis a questão!
Jardim Gulbenkian – Bosque

Entrada livre

Sessões contínuas

Conceção e orientação: Ana Confraria e Vera Nunes, cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência

Ao contrário do que acontece com os animais, as plantas não possuem a capacidade de se mover para procurarem locais com mais alimento ou com condições mais favoráveis ao seu crescimento. Assim, muitas vezes têm de recorrer a mecanismos que lhes permitam sobreviver, apesar das adversidades do meio. Nesta atividade, vamos ficar a conhecer a “Arabidopsis thaliana”, uma planta largamente usada como modelo em investigação científica, e descobrir como estas plantas crescem quando sujeitas a diferentes condições ambientais ou quando têm alterações genéticas. Vamos seguir as pistas dadas pelos cientistas e identificar os fatores que influenciam o seu crescimento.

As atividades para famílias pressupõem a participação ativa dos adultos.


Sáb, 1 julho, 2017 - 18:00 até 18:50
Coro de Câmara Lisboa Cantat
Jardim Gulbenkian – Anfiteatro ao Ar Livre

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

Fundado em 2006 como uma das atividades da Associação Musical Lisboa Cantat, o repertório do Coro de Câmara Lisboa Cantat é eclético, abordando obras que vão do período Barroco até ao Contemporâneo. Desde a sua fundação, o Coro já realizou mais de 80 concertos e foi dirigido pelos maestros Cesário Costa, Henrique Piloto, Laurent Wagner, Nuno Côrte-Real, Clara Coelho, Marcos Magalhães e pelo seu maestro titular, Jorge Carvalho Alves. É constituído por 16 cantores e será acompanhado neste concerto pela pianista Joana Barata, na interpretação de canções de Fernando Lopes-Graça.


Sáb, 1 julho, 2017 - 17:00 até 18:00
Terapia génica: uma realidade cada vez mais próxima?, por Moisés Mallo, cientista
Jardim Gulbenkian – Sítio da Oliveira

Entrada livre

O que é a Biologia Molecular? O que são ferramentas de edição do genoma? O que é terapia génica? Moisés Mallo, investigador principal do grupo “Padronização e Morfogénese” no Instituto Gulbenkian de Ciência, vai abordar estas questões e falar sobre uma nova técnica de modificação do genoma de organismos vivos, chamada CRISPR-Cas9, que revolucionou o mundo da genética e que tem mostrado um grande potencial para terapia génica em humanos.

Moisés Mallo licenciou-se em Medicina Geral e Cirurgia na Faculdade de Medicina da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha), em 1987. Fez o doutoramento em Bioquímica e Biologia Molecular na mesma universidade, e em 1991 mudou-se para Nova Iorque, onde iniciou um pós-doutoramento em desenvolvimento embrionário. Continuou o seu trabalho como investigador principal, no Instituto Max Planck, na Alemanha. Desde 2001, é investigador principal no Instituto Gulbenkian de Ciência, onde estuda os mecanismos moleculares de formação do esqueleto axial e o papel dos genes Hox nestes processos.


Sáb, 1 julho, 2017 - 19:00 até 20:15
Zulal Armenian A Cappella Trio
Museu – Coleção Moderna – Nave

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

Um concerto a cappella de canções tradicionais arménias compostas para três vozes (Teni Apelian, Anaïs Alexandra Tekerian e Yeraz Markarian), com participação do músico Ara Dinkjian acompanhado do seu oud. Em arménio, zulal significa “água límpida”. O Trio Zulal pega nas melodias tradicionais das aldeias da Arménia e tece arranjos intrincados que prestam homenagem às raízes rurais desta música, introduzindo ao mesmo tempo uma energia e um lirismo sofisticados.

Zulal celebra os desafios e alegrias de viver outrora em aldeias Arménias, reavivando imagens passadas em arranjos musicais, voltando a um tempo mais simples, e fornecendo símbolos de conforto num mundo moderno complexo.


Dom, 2 julho, 2017 - 17:00 até 18:00
A Ciência das Plantas, por Paula Duque, cientista
Jardim Gulbenkian – Sítio da Oliveira

Entrada livre

Porque devemos estudar as plantas? Paula Duque, investigadora principal do grupo “Biologia Molecular de Plantas” no Instituto Gulbenkian de Ciência, lembra que estudar o mundo verde é tão importante como investigar doenças humanas. Conhecer melhor as plantas permite-nos não só aprofundar o nosso conhecimento da vida em geral como combater a fome e a subnutrição, prevenir e curar doenças, preservar o ambiente, gerar novas fontes de energia e até andarmos melhor vestidos e mais felizes.

Paula Duque licenciou-se em Biologia Vegetal na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em 1993, e fez o doutoramento em Fisiologia e Bioquímica na mesma universidade, tendo desenvolvido parte da tese na Nova Zelândia. Em 1999, mudou-se para Nova Iorque onde trabalhou na Universidade Rockefeller. Regressou a Portugal em 2006 para iniciar o seu laboratório no Instituto Gulbenkian de Ciência, onde atualmente investiga de que forma as plantas percebem o stress ambiental e as estratégias que desenvolvem para lhe responder, a nível molecular.


Dom, 2 julho, 2017 - 21:00 até 22:00
Banda da Armada, Concerto evocativo da Grande Guerra
Jardim Gulbenkian – Anfiteatro ao Ar Livre

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia. Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Segundo fontes históricas, já na primeira metade do século XVIII existia na Armada uma “música marcial” intitulada “charamela”. Em 1807, acompanhou a família real na sua viagem para o Brasil. Em 1903, a “Banda dos Marinheiros” realizou aquelas que são as primeiras gravações efetuadas em Portugal, num total de 26 temas (e outros tantos discos) dos quais existe um exemplar no nosso país e os restantes 25 nos arquivos da EMI em Inglaterra. Ao longo dos tempos a Banda da Armada tem desenvolvido um trabalho de grande interesse público, tanto ao nível do cerimonial militar e do protocolo de Estado, como no âmbito cultural. É chefiada desde 2010 pelo Capitão-Tenente MUS Délio Gonçalves.



Dom, 2 julho, 2017 - 11:00 até 11:45
Dom, 2 julho, 2017 - 14:30 até 15:15
Zulal Armenian Trio, Contando e Cantando
Jardim Gulbenkian – Pinhal

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
As atividades para famílias pressupõem a participação ativa dos adultos. Os bilhetes são disponibilizados 15 minutos antes do seu início, no local onde se realiza a atividade.

Conceção e orientação: Trio Zulal – Teni Apelian, Anaïs Alexandra Tekerian e Yeraz Markarian

O trio Zulal cria um ambiente imersivo e experiencial nos seus concertos interativos para crianças e famílias, com canções tradicionais da Arménia. Literalmente encantados pelo sorriso deste trio de mulheres que contam histórias cantando, os espectadores vão ser convidados a ouvir e a cantar as harmonias, a identificar dinâmicas, a adaptar o movimento ao som e talvez, quem sabe, a encontrar o seu destino…

O workshop será em inglês com tradução informal para português.

Mínimo de Participantes: 5
Máximo de Participantes: 30


Seg, 3 julho, 2017 - 19:00 até 19:30
O Milagre de Tancos, Portugal na I Guerra Mundial, de Fernando Rosas, Imagens da Grande Guerra
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Em quatro sessões, o ciclo de cinema Imagens da Grande Guerra revisita uma memória dolorosa: dos combates iniciais nas colónias africanas à partida do Corpo Expedicionário Português para a Flandres, as primeiras reportagens filmadas captam a realidade de milhares de jovens portugueses mobilizados para o combate, e deixam documentada a experiência do recrutamento, do treino, da partida para a frente, do quotidiano trágico das trincheiras, do trauma do cativeiro e do regresso.

Do milagre de Tancos se fala a propósito dessa extraordinária improvisação que foi, em três meses, transformar o polígono militar de Tancos numa estrutura capaz de receber e treinar vinte mil soldados. O Corpo Expedicionário Português partiria em Janeiro de 1917 para combater na Flandres, a frente europeia da Grande Guerra. O preço político e social desse milagre marcaria profundamente as primeiras décadas do século XX em Portugal.

Filme de 2014.

No final do filme haverá uma conversa com o público, com a presença de Fernando Rosas e moderada por Rui Vieira Nery.


Ter, 4 julho, 2017 - 19:00 até 20:00
A Imagem do Trabalhador Migrante: Os Realistas de Constantinopla e o Bantoukhd da Arménia Otomana, por Vazken Khatchig Davidian
Edifício Sede – Auditório 3

Entrada livre

O movimento em grande escala dos trabalhadores migrantes rurais da Arménia Otomana para a capital imperial, no final do século XIX, visto através da produção de arte visual. Esta conferência do historiador de arte Vazken Khatchig Davidian sugere que o pincel de um artista foi muitas vezes mais eficaz do que a caneta de um escritor para fugir à censura, transmitindo significado sob a aparência de um manto etnográfico.

Vazken Khatchig Davidian está a terminar o doutoramento em História da Arte no Birkbeck College, na Universidade de Londres. A sua tese intitula-se A Representação da Figura do Bantoukhd (Պանդուխտ, Trabalhador Migrante) da Arménia Otomana no Realismo de Constantinopla do final do século XIX. Davidian é editor do livro Towards Inclusive Art Histories: Ottoman Armenian Voices Speak Back [Rumo a Histórias de Arte Inclusiva: Vozes Arménias Otomanas Respondem], uma edição especial sobre História de Arte da revista Études arméniennes contemporaines [Estudos arménios contemporâneos] (Paris, dezembro de 2015).

Em inglês sem tradução simultânea.


Ter, 4 julho, 2017 - 19:00 até 20:00
Lutaram como Diabos: Barcelos na Grande Guerra e À Porta da História – Jaime Cortesão, Imagens da Grande Guerra
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

Em quatro sessões, o ciclo de cinema Imagens da Grande Guerra revisita uma memória dolorosa: dos combates iniciais nas colónias africanas à partida do Corpo Expedicionário Português para a Flandres, as primeiras reportagens filmadas captam a realidade de milhares de jovens portugueses mobilizados para o combate, e deixam documentada a experiência do recrutamento, do treino, da partida para a frente, do quotidiano trágico das trincheiras, do trauma do cativeiro e do regresso.

Lutaram como Diabos: Barcelos na Grande Guerra (28´)
Realização Carlos Araújo
Argumento Manuel Penteado Neiva
Produção Alberto Serra
2017

Neste documentário os protagonistas são os quase 600 combatentes que  partiram de Barcelos (integrados na chamada Brigada do Minho – que também é referida) para os diferentes teatros de guerra. A vida das trincheiras. Nas terras da Flandres só havia lugar para a sobrevivência. A vida e a morte conviviam lado a lado e ninguém vaticinava quem chegaria primeiro. Barcelos conheceu os seus heróis. No seu peito ostentaram-se as Cruzes de Guerra, no seu corpo as mazelas de uma guerra sem igual. Centenas conheceram a dureza da guerra: fome, humilhações, sevícias que jamais esperariam receber. Dezenas tombaram no campo da batalha. Barcelos honra com este documentário a memória dos seus heróis.

À Porta da História – Jaime Cortesão (30´)
Realização: Jorge Paixão da Costa
2014

A vida de Jaime Cortesão é um combate contínuo pela liberdade. Da greve académica em 1907, até à campanha de Humberto Delgado, em 1958, passando pela revolta do Porto contra a Ditadura Militar, logo em 1927, e pelo exílio em França e no Brasil, a sua intervenção política constante foi acompanhada por um percurso intelectual brilhante que o consagrou como um dos grandes historiadores portugueses da sua geração. Colaborador destacado da Renascença Portuguesa e depois da Seara Nova, deixou, designadamente, estudos fundamentais sobre os Descobrimentos Portugueses. Capitão-médico voluntário no Corpo Expedicionário Português, as suas Memórias da Grande Guerra são um dos testemunhos vivenciais mais importantes que nos chegaram do conflito.

Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.


Qua, 5 julho, 2017 - 19:00 até 19:50
A Arte de ir à Guerra Mundial, de José Carlos Oliveira, Imagens da Grande Guerra
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Em quatro sessões, o ciclo de cinema Imagens da Grande Guerra revisita uma memória dolorosa: dos combates iniciais nas colónias africanas à partida do Corpo Expedicionário Português para a Flandres, as primeiras reportagens filmadas captam a realidade de milhares de jovens portugueses mobilizados para o combate, e deixam documentada a experiência do recrutamento, do treino, da partida para a frente, do quotidiano trágico das trincheiras, do trauma do cativeiro e do regresso.

A Arte de ir à Guerra Mundial (48´)
Realização de José Carlos Oliveira
2014

A Alemanha ataca Moçambique e Angola, a República Portuguesa tem quatro anos, e a Europa está em Guerra.
“A Arte de Ir à Guerra Mundial” fala-nos sobre o que éramos e onde estávamos, no princípio da guerra que nasceu de um equívoco e alastrou ao mundo.

“A Arte de Ir à Guerra Mundial” mostra-nos a conjugação das razões e das consequências do conflito que levaram Portugal a entrar na Primeira Guerra Mundial, num vasto olhar da sociedade contemporânea sobre a subjetividade dos múltiplos motivos, da Alemanha à França, Áustria, Itália, Reino Unido e EUA, até à visão portuguesa, nos planos sociológico, geoestratégico, filosófico, histórico-político e artístico. E desenha-nos os impactos e alterações provocados pela Primeira Guerra Mundial e que nos trouxeram até hoje, numa Europa perante um mundo com guerras em pleno curso, nos campos bélico e financeiro, e grandes convulsões sociais.


Qui, 6 julho, 2017 - 19:00 até 20:10
João Ratão, de Jorge Brum do Canto, Imagens da Grande Guerra
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Em quatro sessões, o ciclo de cinema Imagens da Grande Guerra revisita uma memória dolorosa: dos combates iniciais nas colónias africanas à partida do Corpo Expedicionário Português para a Flandres, as primeiras reportagens filmadas captam a realidade de milhares de jovens portugueses mobilizados para o combate, e deixam documentada a experiência do recrutamento, do treino, da partida para a frente, do quotidiano trágico das trincheiras, do trauma do cativeiro e do regresso.

João Ratão (106’)
Realização de Jorge Brum do Canto
1940

A partir da opereta homónima da autoria da parceria Ernesto Rodrigues, Félix Bermudes e João Bastos, em que Estêvão Amarante tinha alcançado um sucesso estrondoso no Teatro Avenida, em 1920, Jorge Brum do Canto filma em 1940 esta versão cinematográfica com Óscar de Lemos no protagonista. Um soldado português, João Ratão, que regressa da frente de batalha na Flandres e reencontra Vitória, a noiva que deixara na aldeia e continuara a namorar por carta, tenta impressionar os amigos com histórias de feitos heroicos e conquistas amorosas durante o serviço militar, mas é vítima de uma intriga quando de súbito aparece em cena a “francesa” Mariette, que se apresenta como sua noiva de guerra. A Música de António Melo e Jaime Silva Filho envolve a narrativa em fado, fox trot e folclore [Colaboração da Cinemateca Portuguesa].


Qui, 6 julho, 2017 - 19:00 até 20:00
As Comunidades Arménias na China nas décadas de 1880 a 1950, por Khatchig Mouradian
Edifício Sede – Auditório 3

Entrada livre

Centenas de arménios viajaram para o leste da China no final do século XIX em busca de oportunidades, ancorando-se nas grandes cidades, bem como em Harbin, uma cidade que se tornou proeminente com a construção da Ferrovia da China Oriental. Outros milhares chegaram à região na fuga ao Genocídio Arménio e ao tumulto no Cáucaso nos anos que se seguiram. Muitos destes arménios combinaram o seu sucesso pessoal com a dedicação à vida comunitária, ajudando a construir comunidades pequenas, mas vibrantes (até mesmo uma igreja e centros comunitários) em Harbin, Xangai, Tientsin e outras cidades, apesar dos conflitos, as guerras e a ocupação estrangeira que assaltaram a história da China na primeira metade do século XX. Nesta conferência ilustrada, o historiador Khatchig Mouradian apresenta a rica e ainda pouco estudada história das comunidades arménias na China com base em entrevistas e pesquisas arquivísticas realizadas na China, na Arménia, no Líbano, na Europa e nos Estados Unidos.

Khatchig Mouradian é o Professor Visitante da Universidade de Columbia. Em 2014 recebeu a Bolsa Calouste Gulbenkian para Estudos Arménios, para estudar a comunidade arménia na China. Mouradian tem ministrado cursos sobre imperialismo, violência em massa, direitos humanos, campos de concentração, espaço urbano e conflito no Oriente Médio e memória coletiva na Rutgers University, Worcester State University e California State University – Fresno.

Em inglês sem tradução simultânea.


Sex, 7 julho, 2017 - 19:00 até 20:00
Tenho trinta anos, estou na cadeia há quatro
Alguns "Papéis da Prisão" de Luandino Vieira
Edifício Sede – Zona de Congressos

Entrada livre

Com: António Simão, Daniel Martinho, João Meireles, João Pedro Mamede, Jorge Silva Melo e Pedro Carraca
Assistência de encenação: Andreia Bento
Encenação: Jorge Silva Melo

“Deve ser este o famoso Tarrafal, que reabriu quando mandaram para cá os angolanos”, escreve Luandino Vieira em 13 de Agosto de 1964, quando é enfiado no campo de concentração, vindo da Luanda onde desafiara a ditadura. “Parece um sonho vir cá parar.”

São notas, emoções, reflexões, factos, apontamentos, “bocados de nós próprios”, uma voz que teima em reter o tempo.


Sex, 7 julho, 2017 - 19:00 até 20:45
My Grandfather’s Music, Documentário de Eric Nazarian
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Ao longo de milénios, o oud viajou por toda a Arménia e Médio Oriente. É um instrumento doméstico, sobre o qual pouco se sabe no Ocidente. Cada país do Próximo Oriente tem a sua própria tradição intemporal na forma de construir o oud (que, por sua vez, deu origem ao alaúde), um instrumento em forma de figo com um som diferente de qualquer outro instrumento de cordas.

Os sobreviventes do Genocídio Arménio de 1915, em exílio nos quatro cantos do mundo, e os seus descendentes trouxeram consigo as histórias do país e a música dos seus avós, profundamente enraizada nas antigas melodias da Arménia Ocidental e da Anatólia.

Estreia do documentário “My Grandfather’s Music”, escrito/realizado/ por Eric Nazarian e que foi inspirado numa viagem que fez a Instambul (Constantinopla) em 2010.

O filme explora as histórias orais do que resta dos mestres de oud arménios do século XX do Médio Oriente e da diáspora arménia na América, fazendo a ponte com a história de Cengiz Usta, um luthier (artesão que fabrica instrumentos de corda) turco em Istambul, cujos mestres eram arménios. O filme é uma celebração e uma carta de amor ao poder intemporal dos virtuosos do oud e à sua música, que viajou por todo o mundo ao longo das últimas três gerações.

O filme é falado em inglês e não tem legendas.



Sáb, 8 julho, 2017 - 10:00 até 10:45
Dom, 9 julho, 2017 - 10:00 até 10:45
Lullabies da Arménia
Jardim Gulbenkian – Jardim das Ondas

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
As atividades para famílias pressupõem a participação ativa dos adultos. Os bilhetes são disponibilizados 15 minutos antes do seu início, no local onde se realiza a atividade.

Conceção e orientação: Nairi Khatchadourian, historiadora de arte, a trabalhar na área da música e da educação, em Paris.

Lullabies, ou canções de embalar, são peças musicais tranquilizadoras que se cantam às crianças, em todas as culturas, para as ajudar a adormecer. Esta oficina irá apresentar canções de embalar tradicionais da Arménia, que foram transmitidas de geração em geração, em vários dialetos locais. O canto coletivo que esta oficina propõe acorda em nós as emoções mais íntimas, ajudando-nos a descobrir a nossa voz natural e os pequenos fios de ligação humana que vamos tecendo durante este ritual nocturno. Poderão participar todos os que estão interessados em cantar e em conhecer as canções de embalar da Arménia, e são bem-vindos os pais com os seus bebés.

O workshop será em inglês com tradução informal para português.

Mínimo de Participantes: 5
Máximo de Participantes: 30


Sáb, 8 julho, 2017 - 17:00 até 18:00
Dom, 9 julho, 2017 - 17:00 até 18:00
Danças Populares da Arménia
Jardim Gulbenkian – Jardim das Ondas

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
As atividades para famílias pressupõem a participação ativa dos adultos. Os bilhetes são disponibilizados 15 minutos antes do seu início, no local onde se realiza a atividade.

Conceção e orientação: Korioun Davtyan, diretor executivo da Kayt Art Development Cultural-Educational Foundation e membro do grupo de música e de dança tradicional Karin.

Esta oficina vai apresentar a música e os movimentos básicos das danças populares da Arménia. Trata-se, na sua maior parte, de danças de roda, e os bailarinos normalmente cantam enquanto dançam. Os participantes irão aprender alguns refrões de canções populares e descobrir a relação entre as letras e os passos de dança. Em cada dança, os movimentos básicos vão sofrendo pequenas variações improvisadas pelo líder. Independentemente da idade e da sua habilidade para dançar, qualquer pessoa pode participar.

Danças incluídas no programa:
Workshop No.1
1. Kochary
2. Shavaly
Workshop No.2
1.Tamzara
2.Dance of Fishermen of Van (Vana Dzknorsneri bar).

O workshop será em inglês com tradução informal para português.

Mínimo de Participantes: 5
Máximo de Participantes: 30


Sáb, 8 julho, 2017 - 17:00 até 18:00
Viagem à Arménia, por Susana Neves, investigadora de etnobotânica
Jardim Gulbenkian – Sítio da Oliveira

Entrada livre

Relato da viagem do notável botânico francês Joseph Pitton de Tournefort (1656- 1708) por terras da Arménia, a partir de “Relation d`un Voyage du Levant: fait par ordre du Roy…”, obra publicada há 300 anos, uma preciosidade disponível nos reservados da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian.

Susana Neves é escritora, pintora, fotógrafa, investigadora de etnobotânica. Autora do livro “Histórias que Fugiram das Árvores – Um arboretum português” e “De Vento em Pipa – Quando a Vinha e o Homem Inventaram Lagoa” (Gourmand Award 2017).


Sáb, 8 julho, 2017 - 19:00 até 19:55
Filmes de Patrick Mendes, Gabriel Abrantes e Ben Rivers
A Gulbenkian e o Cinema Português
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

O ciclo A Gulbenkian e o Cinema Português é uma mostra do trabalho de criadores nacionais apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, sobretudo na última década.

Os Sonâmbulos, de Patrick Mendes
O Corcunda, de Gabriel Abrantes e Ben Rivers
Redemption, de Miguel Gomes

Os Sonâmbulos, de Patrick Mendes (22´) / 2014
Num mundo automatizado, uma fábrica alimenta-se da sua mão-de-obra.

O Corcunda, de Gabriel Abrantes e Ben Rivers (30´) / 2016
Uma delirante transfiguração do conto “O Corcunda das Mil e Uma Noites”, em versão Sci-Fi. Os realizadores Gabriel Abrantes e Ben Rivers submergem o espectador numa distopia futurista, em que a Dalaya.com, uma empresa omnipotente, força os seus empregados a participar em programas de reintegração emocional simulando outras épocas.

Redemption, de Miguel Gomes (27′) / 2013
No dia 21 de janeiro de 1975, numa aldeia no Norte de Portugal, uma criança escreve aos pais que estão em Angola, para lhes dizer como Portugal é triste. No dia 13 de julho de 2011, em Milão, um velho recorda o seu primeiro amor. No dia 6 de maio de 2012, em Paris, um homem diz à filha bebé que nunca será um pai de verdade. Durante um casamento, no dia 3 de setembro de 1977, em Leipzig, a noiva luta contra uma ópera de Wagner que não lhe sai da cabeça. Mas onde e quando é que estes quatro pobres diabos começaram à procura da redenção?

No final da sessão, haverá uma conversa com os realizadores.


Sáb, 8 julho, 2017 - 21:00 até 22:30
Concerto final do curso de maestros ENOA, Com a Orquestra Gulbenkian
Edifício Sede – Grande Auditório

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Concerto final que resulta do workshop orientado por Carlo Rizzi para jovens maestros (Opera Conducting Cycle), realizado ao longo de três meses no âmbito da ENOA – European Network of Opera Academies. Os excertos instrumentais e vocais do repertório operático do programa do concerto são dirigidos pelos seis maestros participantes neste workshop: Diego Borello, Jan Wierzba, José Eduardo Gomes, Manoj Kamps, Ryan Bancroft e Tianyi Lu.


Dom, 9 julho, 2017 - 16:00 até 17:45
FRONTE(I)RA, Concerto Promenade
Museu – Coleção do Fundador

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Direção artística: Denis Gautheyrie

Este concerto tem início na Coleção do Fundador, passando depois pelo Sítio da Oliveira e pelo Pinhal, terminando no Edifício da Coleção Moderna.

FRONTE(I)RA é um projeto de cooperação multimédia que reúne compositores, músicos e realizadores de Portugal, Espanha e França, tendo em vista a conceção de um espetáculo acerca das tradições culturais de um lado e do outro da “fronteira” da Península Ibérica. Inspirando-se nas canções que acompanhavam os trabalhos agrícolas e pecuários, como as vindimas, as ceifas ou o pastoreio, bem como na vida nas montanhas e nas aldeias, seguindo o ritmo das estações do ano e das festas tradicionais, este espetáculo junta em cena o grupo Soli-Tutti (doze cantores) e “Ensemble Instrumental de Castelo Branco” (duo de violoncelo e contrabaixo, viola beiroa, acordeão, guitarra portuguesa).

Serão interpretadas obras de criadores contemporâneos portugueses (Jaime Reis, António Sousa Dias e Rui Dias) e espanhóis da Extremadura (Inés Badalo, Rebeca Santiago e Enrique Muñoz). Jean-Philippe Dequin compõe uma obra para o grupo vocal Soli-Tutti, baseada em temas tradicionais. “Vislumbre” de Emmanuel Nunes terminará o espetáculo.

No fim do concerto haverá uma conversa com o público, no Edifício da Coleção Moderna.


Dom, 9 julho, 2017 - 17:00 até 18:00
Fala português?, por Omid Brahami e Hugo Menino Aguiar
Jardim Gulbenkian – Sítio da Oliveira

Entrada livre

Omid Bahrami nasceu no Irão. Treina karaté desde os seis anos de idade. Depois de acabar a tropa no Irão, veio para Portugal, onde já vive há 10 anos. Continuou a sua atividade desportiva no Clube Atlético de Queluz, onde ganhou vários títulos nacionais e internacionais. Estudou Fisioterapia e Medicina Chinesa, na Escola Superior de Medicina Tradicional Chinesa. Participou num projeto europeu do ISCTE na área do combate à exclusão social de jovens sem-abrigo e no estudo sobre Violência Sexual entre Refugiados, do Hospital Egas Moniz, em parceria com a Universidade Gent da Bélgica. É Professor de Tai Chi na Junta de freguesia de Falagueira-Venda Nova e participa no grupo de teatro de RefugiActo. Desde fevereiro de 2017, trabalha como monitor educativo na Fundação Calouste Gulbenkian.

Hugo Menino Aguiar é cofundador e presidente da direção da Associação Fazer Avançar, cofundador do SPEAK, mentor de projetos sociais, mentor no IES – Social Business School. O Hugo é um global shaper pelo Fórum Económico Mundial, foi reconhecido pelo INSEAD como um dos 3 melhores jovens empreendedores sociais com mais potencial em Portugal e pela UNAOC como um dos top 20 na região EURO-MED. Antes de abraçar o desafio da Associação Fazer Avançar a 100% o Hugo, mestre em engenharia informática pela Universidade Nova de Lisboa foi professor assistente. Foi premiado com bolsas de estudo para investigação e ensino. Trabalhou na OutSystems em investigação, desenvolvimento e posteriormente em marketing. Mudou-se para a Google, dividiu o seu tempo entre Dublin e a Califórnia para trabalhar como especialista de comunidades online em 17 línguas diferentes. Recebeu um globo de ouro pela sua produtividade e eficiência e foi promovido a gestor de produto.


Dom, 9 julho, 2017 - 19:00 até 20:35
Rio Corgo, de Sérgio da Costa e Maya Kosa
A Gulbenkian e o Cinema Português
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

O ciclo A Gulbenkian e o Cinema Português é uma mostra do trabalho de criadores nacionais apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, sobretudo na última década.

Rio Corgo, de Sérgio da Costa e Maya Kosa, (95´) / 2015
Silva, um velho vagabundo, chega, de trouxa ao ombro, a uma aldeia portuguesa isolada, onde se instala numa casa abandonada. Conhece Ana, com quem cria uma relação de amizade e iniciação. Fascinada por este homem com uma história de vida romanesca, a jovem desliza progressivamente para o seu universo imaginário, povoado de seres sobrenaturais, dos quais a figura principal é a amada e defunta Carolina. Mas Silva sofre estranhas crises que o levam inevitávelmente para o hospital, onde uma dúzia de mulheres benevolentes entram nele. Conseguirão elas salvá-lo?

No final da sessão, haverá uma conversa com os realizadores.


Seg, 10 julho, 2017 - 19:00 até 20:05
Filmes de Leonor Teles, João Niza, Susana Nobre
A Gulbenkian e o Cinema Português
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

O ciclo A Gulbenkian e o Cinema Português é uma mostra do trabalho de criadores nacionais apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, sobretudo na última década.

Balada de um Batráquio, de Leonor Teles
Nocturno, de João Niza
Provas, Exorcismos, de Susana Nobre

Balada de um Batráquio, de Leonor Teles (11´) / 2016
Tal como os ciganos, os sapos de loiça não passam despercebidos a um olhar mais atento. Balada de um Batráquio surge assim num contexto ambíguo: um filme que intervém no espaço real do quotidiano português como forma de fabular sobre um comportamento xenófobo.

Nocturno, de João Niza (27´) / 2007
Descrição fragmentária do espaço abandonado da antiga Feira Popular de Lisboa, durante o período que decorreu entre o seu encerramento e a definitiva demolição das suas instalações. Um conjunto de longos planos fixos, atravessados por pequenos movimentos, apresenta alguns dos elementos existentes no local (fachadas encerradas ou semidestruídas, divertimentos parcialmente desmontados), reconstituindo através da sua sucessão um percurso no interior do recinto. Um trabalho que pretende forçar a concentração da perceção e explorar a relação entre a experiência temporal e o modo de apreensão visual e sonora de um lugar específico.

Provas, Exorcismos, de Susana Nobre (25´) / 2015
Em Alhandra, entre a serra e o rio, um comboio atravessa a povoação. Óscar, 48 anos, 25 de trabalho na mesma fábrica, aguarda a resolução do tribunal relativamente ao pedido de insolvência da fábrica em que trabalhava. Com a produção suspensa e com os salários em atraso, Óscar e os seus colegas continuam a comparecer diariamente no trabalho, na esperança de garantirem os respetivos postos. Face à confirmação do fecho, Óscar retoma o equilíbrio com o mundo ao ser admitido na fábrica ao lado.

No final da sessão, haverá uma conversa com os realizadores.


Desde Sex, 14 julho, 2017 a Seg, 2 outubro, 2017 - 10:00 até 18:00
Escultura em Filme, The Very Impress of the Object
Edifício Sede – Galeria de Exposições Temporárias

Entrada livre

Esta exposição explora o fascínio que a escultura clássica tem vindo a exercer sobre um grande número de realizadores e artistas contemporâneos. Este surpreendente interesse reflete uma aparente contradição: por que razão os artistas, em particular os que trabalham com imagens em movimento, se interessam hoje pela absoluta imobilidade corporizada numa escultura clássica? Como interpretar esta intrigante sedução?

Recuemos no tempo, até ao ano de 1855. Em Londres, um orador profere uma conferência sobre a catedral de Notre-Dame em Paris. Apresenta à audiência uma fotografia de uma escultura que encima um dos seus portais, sugerindo que a imagem, produto de uma técnica recente, era tão verdadeira que bem podia ser «a própria impressão do objeto».

Conseguimos perceber, em parte, porque é que os primeiros fotógrafos escolheram a escultura como modelo: a sua imobilidade adequava-se às longas exposições que a tecnologia inicial exigia. Mais difícil é entender como é que a escultura clássica, que deixou de fazer parte dos programas de ensino e que parece cada vez mais distante, está presente, de forma notável, em obras de artistas contemporâneos, sobretudo no cinema.

Em torno desta questão sete artistas internacionais foram convidados a expor os seus trabalhos: Anja Kirschner (1977) e David Panos (1971), Fiona Tan (1966), Mark Lewis (1958), Rosa Barba (1972), Lonnie van Brummelen (1969) e Siebren de Haan (1966). Através destes filmes e da leitura minuciosa que as suas câmaras fazem de objetos antigos, famosos ou esquecidos, é-nos permitido um novo olhar sobre esculturas do passado.

Com a apresentação das obras destes artistas, produzidas em diferentes pontos da Europa, somos guiados através de diversos museus, desde o Museu do Louvre até aos Museus Capitolinos, de Paris a Roma, seguindo até Atenas, com passagens por Berlim, Munique e Londres.

Curadoria: Penelope Curtis

Sex, 14 julho, 2017 - 17:00 até 18:30
À conversa com a curadora e convidados
Escultura em Filme - The very impress of the object
Edifício Sede – Galeria Principal

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia

Orientação: Ana Rito, Penelope Curtis, artistas da exposição

Um dos primeiros objetos a ser fotografado pelo pioneiro Henry Fox Talbot, por volta de 1840, foi um busto de Pátroclo. Esta não era uma escultura original, mas uma réplica em gesso, e parte do tema da presente exposição é a reprodução. Em termos gerais, o assunto é o amor da câmara fotográfica pela escultura. A questão é: porquê?

Se os primeiros fotógrafos escolheram a escultura para os seus modelos, sabemos porquê, pelo menos em parte: a escultura é imóvel e a tecnologia inicial exigia longas exposições. Mas por que razão os artistas continuam a encontrar temas na escultura, e em particular os artistas que trabalham com imagens em movimento, porque filmam algo que não se pode mover, e que nem sequer exige o seu meio? Nesta visita-debate serão exploradas estas questões em conversa com a curadora e os artistas.


Sex, 14 julho, 2017 - 19:00 até 20:10
Sozinho, com amor
Inspirado nas cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena
Edifício Sede – Zona de Congressos

Entrada livre

Encenação e espaço cénico: Beatriz Batarda
Sonoplastia: Sérgio Milhano
Com: André Simões, Beatriz Batarda, Eduardo Jaló e Flávia Gusmão
Voz gravada: Sana N’Hada

“Sozinho, com amor” ou os gestos quotidianos do intelectual Amilcar Cabral.

Baseada nas cartas de Amílcar Cabral à sua mulher, Maria Helena, uma leitura encenada que procura encontrar os ecos que Amílcar Cabral imprimiu na memória direta e indireta das nossas histórias através do som de cada voz e de cada corpo.


Amílcar Cabral foi fundador do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde e Guiné-Bissau (1959), guerrilheiro colonizado que libertou o colonizador e foi assassinado por companheiros de luta em 1973. Estes são os ecos do seu heroísmo: “aos brancos (…) não lhes convém que estes [negros] se tornem seus concorrentes, que os filhos dos negros, evoluídos, instruídos, façam concorrência aos seus filhos na luta pela vida”. E do seu amor eterno: “Quero cantar teus olhos, teu falar/Teus gestos, teus suspiros de Mulher/Num verso só quero consumar/Toda a expressão imensa, do teu ser”.



Sáb, 15 julho, 2017 - 17:00 até 18:00
Das redes sociais aos comportamentos biológicos
por Luís Rocha, cientista
Jardim Gulbenkian – Sítio da Oliveira

Entrada livre

Que tipo de informação podemos extrair das redes sociais? Luís Rocha, investigador principal do grupo “Sistemas Adaptativos Complexos e Biologia Computacional” no Instituto Gulbenkian de Ciência, irá debater a forma como o tipo de informação partilhada pelas redes sociais pode ser utilizado para fazer correlações, identificar padrões e descobrir tendências. Será também debatida a forma como a informação partilhada através de redes altera os nossos comportamentos e, em última instância, a nossa individualidade.

Luís Rocha divide o seu tempo como investigador entre o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e a Indiana University, nos EUA. Licenciou-se em Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico, em 1990, e fez o doutoramento em Ciência Computacional e de Sistemas na State University of New York. Em 2004, juntou-se à Indiana University, onde é atualmente Professor Catedrático de Informática e Ciência Cognitiva. Em 2010 estabeleceu o grupo de investigação no IGC que se centra na área de sistemas complexos.


Sáb, 15 julho, 2017 - 18:00 até 18:30 
GeraJazz
Edifício Sede – Zona de Congressos

Entrada livre

Criado a partir de uma parceria entre a Orquestra Geração | Sistema Portugal e a Escola de Jazz do Hot Clube, o agrupamento GeraJazz experimenta novas sonoridades que contagiam alunos, professores e público. De dimensão variável e com direção artística do maestro e professor Eduardo Lála, o GeraJazz começou a sua atividade em 2010 e tem vindo a desenvolver um intenso trabalho de formação dos seus intérpretes, com vista à constituição de uma Jazz Band. Passando pela tradição popular afro-americana e pelo jazz modal de Herbie Hancock, bem como pelo swing do funk soul de Jaco Pastorius e Nina Simone, e pela bateria enraizada na tradição de Art Blakey, entre outras influências, o GeraJazz trabalha importantes temas do Jazz mundial, incluindo arranjos inéditos encomendados para este ensemble.


Sáb, 15 julho, 2017 - 19:00 até 20:00
Orquestra Pré-Juvenil Geração
Concerto de verão
Edifício Sede – Grande Auditório

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Inspirado no El Sistema venezuelano, desde 2007 que em Portugal o programa ”Orquestra Geração” leva a música a crianças e jovens, fazendo da arte uma ferramenta de inclusão social. A orquestra que hoje se apresenta – Orquestra Pré-Juvenil – é formada por 170 alunos oriundos dos diferentes núcleos orquestrais Geração, entre os 9 e os 17 anos de idade, contando ainda com a participação de 35 elementos de um programa congénere suíço que, tal como Portugal, integra o Sistema Europa, o MusicEnsemble. A direção é de Jesus Olivetti, responsável em conjunto com Juan Maggiorani pela direção artística e pedagógica da Orquestra Geração.



Dom, 16 julho, 2017 - 17:00 até 17:45
Mala Mágica – Oficina de Capoeira
Jardim Gulbenkian – Choupal

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
As atividades para famílias pressupõem a participação ativa dos adultos. Os bilhetes são disponibilizados 15 minutos antes do seu início, no local onde se realiza a atividade.

Conceção e orientação: Equipa Artística do Chapitô nos Centros Educativos (direção de Teresa Ricou e coordenação de Filipa Baptista)

Capoeira é uma arte de origem afro-brasileira, hoje reconhecida como património cultural imaterial da humanidade pela Unesco (1914), que historicamente invoca a luta dos escravos pela sua libertação. Congrega movimentos acrobáticos e de grande agilidade física e uma musicalidade muito característica. Os orientadores desta oficina são jovens entre os 12 e os 18 anos que integram o projeto Mala Mágica, promovido pela equipa de animação do Chapitô em parceria com os Centros Educativos do Ministério da Justiça.

Mínimo de Participantes: 5
Máximo de Participantes: 15



Dom, 16 julho, 2017 - 10:00 até 10:45
Dom, 16 julho, 2017 - 17:00 até 17:45
Mala Mágica – oficina de artes circenses
Jardim Gulbenkian – Jardim das Ondas

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
As atividades para famílias pressupõem a participação ativa dos adultos. Os bilhetes são disponibilizados 15 minutos antes do seu início, no local onde se realiza a atividade.

Conceção e orientação: Equipa Artística do Chapitô nos Centros Educativos (direção de Teresa Ricou e coordenação de Filipa Baptista)

Nesta oficina toda a família poderá experimentar várias técnicas das artes circenses. De manhã, iremos explorar a vertente do malabarismo, diábolos, monociclos, pratos e outros que tais. À tarde, vamos experimentar as técnicas aéreas, com o trapézio e o tecido vertical. Os orientadores desta oficina são jovens entre os 12 e os 18 anos que integram o projeto Mala Mágica, promovido pela equipa de animação do Chapitô em parceria com os Centros Educativos do Ministério da Justiça.

Mínimo de Participantes: 5
Máximo de Participantes: 15

Dom, 16 julho, 2017 - 17:00 até 18:00 
Um artista em residência no Instituto Gulbenkian de Ciência, por Simon Bill
Jardim Gulbenkian – Sítio da Oliveira

Entrada livre

Do diálogo entre artistas e cientistas resultam obras que aprofundam e interligam as duas áreas. Simon Bill irá partilhar a sua experiência enquanto artista residente no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e falar sobre o impacto que o dia-a-dia no IGC, o contacto com a ciência e o diálogo com os cientistas tiveram nas suas obras de arte contemporânea ali desenvolvidas: pinturas a óleo de Op-art (do inglês optical art), um estilo artístico visual que utiliza ilusões óticas, com o tema da neuropsicologia da perceção visual.

Simon Bill é artista e escritor. Estudou na Central St. Martins e na Royal College of Art, em Londres. O seu romance “Artist in Residence”, sobre um pintor dissoluto que descobre redenção e sucesso como artista residente numa clínica de neurologia, foi publicado em 2016. A sua mais recente exposição, no Centro de Arte Contemporânea BALTIC, apresentou as suas pinturas ovais características, idênticas em tamanho e forma, mas amplamente diversificadas em estilo e tema. Em 2016, Simon tornou-se no artista residente do Instituto Gulbenkian de Ciência.


Dom, 16 julho, 2017 - 21:00 até 22:00 
Banda de Música da Força Aérea Portuguesa
Concerto evocativo da Grande Guerra
Jardim Gulbenkian – Anfiteatro ao Ar Livre

Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Criada em 1957, a Banda de Música da Força Aérea Portuguesa é, entre as suas congéneres de agrupamentos de sopros militares, a mais jovem Banda Militar.

Neste concerto evocativo da Grande Guerra, a Banda de Música da FAP apresenta um repertório alusivo a estas comemorações, com sonoridades de compositores da época, marchas compostas especificamente para países que contribuíram de alguma forma para a Grande Guerra, obras originais compostas especificamente para a efeméride e para homenagear soldados e heróis que participaram na Grande Guerra, bem como música associada a temas marcantes e filmes, por grandes compositores.


Seg, 17 julho, 2017 - 19:00 até 19:55 
CIDADE, de Filipa Reis, João Miller Guerra, Leonor Noivo e Pedro Pinho
A Gulbenkian e o Cinema Português
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

O ciclo A Gulbenkian e o Cinema Português é uma mostra do trabalho de criadores nacionais apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, sobretudo na última década.

CIDADE, de Filipa Reis, João Miller Guerra, Leonor Noivo e Pedro Pinho
Projeto URB/Terratreme
(55’) / 2017

CIDADE é o primeiro episódio piloto do projeto URB – que consiste no desenvolvimento de uma série para televisão ancorada na realidade social da Grande Lisboa, e na sua diversidade e multiplicidade cultural. CIDADE é escrito a partir de um processo de trabalho participativo com os seus atores e procura explorar as fronteiras da autorrepresentação e do imaginário coletivo sobre a nossa cidade e aqueles que a habitam.

No final da sessão, haverá uma conversa com os realizadores.


Ter, 18 julho, 2017 - 18:00 até 19:30
Os insetos à nossa volta: diversos, úteis e letais, por Luís Teixeira, Vojtech Novotny e Nancy Moran
Edifício Sede – Auditório 2

Entrada livre

Os insetos constituem a maior parte das espécies animais e têm um papel fundamental na ecologia dos habitats terrestres, com impactos positivos e negativos sobre o Homem. Nesta conferência, três cientistas discutem investigação fundamental neste tópico e as suas implicações: como estudar e interpretar a extrema diversidade de insetos em florestas tropicais; como as bactérias que coabitam com as abelhas são um fator importante na sua saúde e, consequentemente, na agricultura; e como o estudo da resistência contra vírus em insetos pode contribuir para a prevenção da transmissão dos vírus dengue e Zika por mosquitos.

Luís Teixeira é investigador principal do grupo “Interações Hospedeiro-Microrganismo” no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC). Licenciou-se em Biologia Microbiana e Genética na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em 1998, e fez o doutoramento em Ciências Biomédicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, tendo desenvolvido a sua tese no EMBL, na Alemanha. Em 2005 iniciou um pós-doutoramento em Cambridge, no Reino Unido, usando a mosca-da-fruta para estudar imunidade contra vírus. Em 2009 estabeleceu o seu laboratório no IGC, onde atualmente investiga interações entre organismos multicelulares e microrganismos, que podem ser patogénicos ou ter um papel benéfico.

Vojtech Novotny é um ecologista que estuda a biodiversidade das florestas tropicais. O seu trabalho foca-se nos mecanismos ecológicos e evolutivos que geram e mantêm a extraordinária diversidade nas florestas tropicais, mas o seu interesse passa também pela conservação da floresta tropical e a educação ecológica em países tropicais. É cofundador e líder do New Guinea Binatang Research Center, uma ONG ativa em pesquisa ecológica, conservação e formação de estudantes e “paraecologists” (profissionais da ciência ecológica com treino e conhecimento local) na Papua Nova Guiné. Lidera ainda o Departamento de Ecologia no Centro de Biologia da Academia Checa de Ciências e é Professor de Ecologia na Universidade da Boémia do Sul.

Nancy Moran é Professora na Universidade do Texas, no Departamento de Biologia Integrativa. Fez o bacharelato (1976) na Universidade do Texas e o doutoramento (Zoology, 1982) na Universidade de Michigan, tendo trabalhado na Universidade de Arizona e em Yale. É membro da US National Academy of Sciences (Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos) e da American Academy of Arts and Sciences (Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos) e recebeu o Prémio Internacional de Biologia da Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência em 2010. Moran estuda a evolução e genética de bactérias e insetos, focando-se em abelhas e pulgões.

Em inglês sem tradução simultânea.


Qua, 19 julho, 2017 - 21:00 até 21:50
A Arte e Ciência de Viajar, Alaa Abi Haidar
Museu – Coleção Moderna – Sala Polivalente
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia.
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Segundo os cientistas, todos nós viajamos há 13.8 mil milhões de anos como átomos e vibrações desde a formação do universo. Para os filósofos orientais, temos viajado de uma vida para outra. Numa escala espaciotemporal diferente, viajamos enquanto meditamos, lemos, ouvimos música ou até enquanto desfrutamos de um golo de café… Este filme abre a porta para uma infinidade de técnicas e perspetivas de viagem, com o corpo, a mente e o espírito. Da terra, do mar e do céu às viagens cósmicas, este filme questiona a identidade e o sentido da vida numa busca visionária de dez capítulos oníricos.

Alaa (ou Al) é um cientista de dados sediado Paris. Fez o doutoramento em Sistemas Complexos na Universidade do Indiana, com estágio no Instituto Gulbenkian de Ciência, e um pós-doutoramento na Universidade Pierre e Marie Curie. Contudo, por si só, a ciência não foi capaz de responder às perguntas de Al. A fotografia e a cronofotografia (cinema) ofereceram novas abordagens. Al usa arte e ciência em conjunto para capturar e traduzir beleza e para fazer justiça à sua musa: a natureza!

Em inglês com legendas em português

Com a presença do realizador


Qui, 20 julho, 2017 - 21:30 até 22:30
Gisela João
Concerto de encerramento do Jardim de Verão
Edifício Sede – Grande Auditório

Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço
Máximo de 2 bilhetes por pessoa com lotação limitada.

Gisela João Voz
Nelson Aleixo Guitarra clássica
Ricardo Parreira Guitarra portuguesa
Francisco Gaspar Baixo

Gisela João é já uma figura central e uma das mais importantes intérpretes da música portuguesa na atualidade, tendo sido laureada com inúmeros prémios, com destaque para os prémios Blitz, Time Out, Expresso e o Globo de Ouro para Melhor Intérprete Nacional.

As atuações eletrizantes de Gisela nos palcos nacionais e internacionais foram determinantes para a sua consagração entre os demais intérpretes e gigantes da música portuguesa, apresentando um Fado contemporâneo, sem desvios nem artifícios, que parte duma formação tradicional e mergulha na sua génese, reencontra a sua autenticidade, questiona os seus excessos e maneirismos, para se tornar, por fim, incrivelmente genuíno.

Três anos depois do álbum de estreia, Gisela João editou no final de 2016 o seu muito aguardado segundo disco, “Nua”. São fados, tal como ela os sente e gosta de cantar. É uma homenagem a algumas das suas grandes referências musicais – Amália Rodrigues, Beatriz da Conceição, Argentina Santos, Chavela Vargas e Cartola – e dá voz às palavras de alguns poetas da atualidade – como a rapper portuense Capicua ou a poetisa Ana Sofia Paiva. Vinda de onde vier, a música que passa pela voz de Gisela João é fado.


Fundação Calouste Gulbenkian
Avenida de Berna 45 A - 1067-001 Lisboa
Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
Rua Dr. Nicolau de Bettencourt

Transportes
Autocarros: 713, 716, 726, 742, 746, 756
Comboio: Entrecampos
Metro: São Sebastião

Fonte e imagens: https://gulbenkian.pt/

Sem comentários:

Enviar um comentário