Sede da UMAR: Rua da Cozinha Económica, Bloco D, Espaços 30-M e 30-N, Alcântara
"Dinamizadora: Carmen Germano
Horário: 14h30 às 18h30
Inscrições para: umar.sede@sapo.pt até dia 24.1.2013
As oficinas são gratuitas, de forma a garantir a participação de todas
as mulheres que queiram participar, independentemente da sua situação
económica. No entanto, agradece-se um apoio solidário quando possível,
com vista a contribuir para a sustentabilidade da iniciativa e do CCIF.
We can do it! Ciclo de oficinas de capacitação
We can do it! (em português, podemos fazê-lo!) foi o mote de uma
campanha lançada pelaWestinghouse Electric Corporation [1] em 1943,
durante a II Guerra Mundial. A imagem foi inicialmente usada não tanto
como símbolo de emancipação das mulheres americanas mas como estratégia
de propaganda para motivar (e disciplinar) as trabalhadoras face às
necessidades de aumento da produção geradas por uma economia de guerra.
Rosie, a rebitadora – como veio a ser designado o ícone habitualmente
associado a esta imagem – glorificava o ideal da mulher forte,
competente, vestida de macacão, e foi introduzida como símbolo da mulher
patriótica de um país em guerra. Na prática, Rosie não desafiava os
papéis de género, apenas transferia para a fábrica as responsabilidades
tradicionalmente atribuída às mulheres.[1][2]
A imagem veio a ser
apropriada pelas feministas a partir da década de 80 e veio a ser, mais
tarde, um ícone de emancipação feminina. No pós-guerra, quando
predominaram as pressões para o “regresso ao lar”, os movimentos
feministas foram afirmando uma política identitária contra a
desigualdade de género, numa altura em que o trabalho era uma área
explícita de disputa. A apropriação desta imagem pelo feminismo foi,
assim, o resultado de esforços de enquadrar a solidariedade feminista
como uma identidade social expressiva, unindo experiências comuns numa
sociedade patriarcal.[2][3]
Com estas oficinas pretende-se criar um
espaço onde seja possível desenvolver capacidades e competências básicas
para o desenvolvimento de actividades com que nos defrontamos no nosso
dia-a-dia, em contextos diversos. Assumindo que o combate à segregação
profissional e social passa pela desconstrução de preconceitos e
estereótipos, assim como pela valorização do trabalho, o ciclo de
oficinas tanto abrange áreas de competência tradicionalmente masculinas,
como procura revalorizar tarefas tradicionalmente atribuídas às
mulheres, consideradas menores e enquadradas em trabalho feminino não
pago ou mal pago. Inclui também actividades tecnologicamente inovadoras e
outras áreas de grande utilidade para os activismos feministas.
Incluirá actividades tão variadas como mecânica, webdesign, stencils,
alimentação ou electricidade.
[1] Kimble, James J.,
Olson, Lester C. (2006). "Visual Rhetoric Representing Rosie the
Riveter: Myth and Misconception in J. Howard Miller's 'We Can Do It!'
Poster". Rhetoric & Public Affairs 9 (4): 533–569
[2]
Endres, Kathleen L. (2006). "Rosie the Riveter". In Dennis Hall, Susan
G. Hall. American icons: an encyclopedia of the people, places, and
things. 1. Greenwood. p. 601.
[3] Sharp, Gwen; Wade, Lisa (January 4, 2011). "Sociological Images: Secrets of a feminist icon".Contexts10 (2): 82–83".
Transportes
Comboio: Alcântara
Eléctricos: 15 e 18
Autocarros: 28, 714, 720, 724, 732, 738, 742, 751, 756, 760, 773
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