6, 13, 26, 27 de Novembro, 2012: Ciclo de Conferências - HISTÓRIA E TEORIA DA CRÍTICA

Swan Lake, 4 Acts de Raimund Hoghe © Rosa-Frank.com · Espetáculo apresentado na Culturgest em fevereiro de 2008

"Por motivo de saúde do conferencista Augusto M. Seabra, a sessão
de hoje do ciclo "História e Teoria da Crítica" foi adiada para a próxima
2ª feira, dia 26 de novembro.
O ciclo terminará, como previsto, na 3ª feira, dia 27".

A crítica está em crise? “Crítica” e “crise”, tal como “critério”, têm no entanto uma mesma origem no termo grego “kritês”, isto é, aquele que emite um juízo. Mas fazer um juízo, ou operar a “crítica da faculdade de juízo”, não é apenas emitir uma opinião, mas fundamentá-la na apreciação da arte e das obras, e na sua explanação pública.
A prática crítica foi constitutiva da consolidação do espaço público no século XVIII. A imprensa implantou-se não apenas enquanto veículo noticioso de eventos mas também como modo de dar a conhecer as novidades artísticas e os gostos. O que distingue a crítica não é apenas uma subjetividade de gosto mas sim a explanação de critérios estéticos, tendo em conta a historicidade das obras, os paradigmas interpretativos e as noções de contemporaneidade.
A crítica é um processo de legitimação, tendente também à teorização de obras, autores, tendências e conceitos, que se constitui igualmente num exercício de seleção e poder. E nesse sentido não é menos necessária uma “crítica da crítica”.
A massificação das indústrias culturais e, ainda mais, a expansão de novos suportes, designadamente informáticos, coloca em questão a capacidade de mediação reflexiva, no sentido de uma mera intermediação na lógica e na rapidez dos consumos culturais. Com a permanência de (alguns) críticos como formuladores de cânones, grelhas interpretativas e opções institucionais, ocorre também uma desqualificação do espaço próprio das apreciações críticas, colocando mesmo a interrogação sobre se a crítica ainda existe.
Augusto M. Seabra exerce crítica, nomeadamente de música e cinema, desde 1977, dedicando-se também em particular à sociologia da arte. Foi um dos fundadores do Público, jornal em que é colunista. Foi membro de júris nalguns dos mais destacados festivais internacionais de cinema. É também programador. Foi professor convidado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
6 de novembro
Critérios estéticos, subjetividade e juízos de gosto
13 de novembro
A invenção da modernidade e as mutações dos conceitos de arte
26 de novembro
Crítica, arte(s) e artistas
27 de novembro
A crítica ainda existe?
por Augusto M. Seabra
Sala 2

18h30 · Entrada gratuita
Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes do início da sessão, no limite dos lugares disponíveis. Máximo: 2 senhas por pessoa.
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Transportes
Metro: Campo Pequeno
Autocarros: 01, 36, 56, 721, 744, 74, 783

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