"A Pragma e a Confronto nas últimas décadas da ditadura
Com intervenções de Jorge Sampaio, Mário Brochado Coelho e Júlio Pereira (coordenação de Joana Lopes), na presença do homenageado.
Com intervenções de Jorge Sampaio, Mário Brochado Coelho e Júlio Pereira (coordenação de Joana Lopes), na presença do homenageado.
Igreja do Sagrado Coração de Jesus
Rua Camilo Castelo Branco, 4 - Lisboa
5 de Fevereiro, das 16 às 18 horas (segue-se convívio)
[Durante a sessão, será apresentado o livro de Mário Brochado Coelho, Confronto. Memória de uma Cooperativa Cultural, editado pela Afrontamento].
A década de 60 do século passado e os anos que se seguiram até ao 25 de Abril foram vividos com uma intensidade extrema, com grandes entusiasmos e dolorosas rupturas, corresponderam ao canto do cisne da ditadura sem que então o pudéssemos adivinhar» (Joana Lopes, Prefácio do livro Confronto. Memória de uma Cooperativa Cultural).
De entre as iniciativas estruturadas levadas a efeito por grupos de pessoas não alinhadas em torno das referências polarizadoras que então faziam resistência ao regime (PCP, velhos republicanos e pessoas da génese do futuro PS), salienta-se a criação das cooperativas de acção e dinamização cultural PRAGMA (1964-1972), em Lisboa, e CONFRONTO (1966-1972), no Porto, tendo em boa medida como referência os passos para o aggiornamento dados então pela Igreja Católica e despoletados pelo Papa João XXIII.
As intenções de actividades então publicitáveis estão bem sistematizadas no texto de César Oliveira e José Carlos Marques: «A cooperativa é um lugar geométrico de possibilidades. Pessoas há que vêem nela um centro cultural com possibilidades de se tornar criador. E muitas mais pessoas poderão criar iniciativas, se o quiserem. No nosso meio, não há muitas razões para desperdiçar as mais ténues possibilidades de renovação, invenção, trabalho sério».
Uma pessoa, em Portugal, pela sua acção, espírito de iniciativa e de incentivação, teve enorme responsabilidade e protagonismo na criação destas cooperativas, de cuja existência é indissociável, sendo mesmo um dos primeiros dirigentes da PRAGMA: o arquitecto Nuno Teotónio Pereira!
É com este pano de fundo que iremos, no próximo dia 5 de Fevereiro, pelas 16 horas, homenagear Nuno Teotónio Pereira, evocando o papel que a PRAGMA e a CONFRONTO tiveram na resistência, na fase final da ditadura de Salazar e Caetano, aproveitando ainda para lançar em Lisboa o livro de Mário Brochado Coelho «Confronto. Memória de uma Cooperativa Cultural».
Este evento terá lugar na sala de conferências da Igreja do Santíssimo Coração de Jesus, na Rua Camilo Castelo Branco, em Lisboa, obra emblemática dos arquitectos Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas, que recebeu em 1975 o Prémio Valmor da Câmara Municipal de Lisboa e que em Novembro de 2010 passou a Monumento Nacional por decreto governamental.
Este evento constituirá também uma boa oportunidade de reencontros e do que daí, obviamente, possa resultar."
Rua Camilo Castelo Branco, 4 - Lisboa
5 de Fevereiro, das 16 às 18 horas (segue-se convívio)
[Durante a sessão, será apresentado o livro de Mário Brochado Coelho, Confronto. Memória de uma Cooperativa Cultural, editado pela Afrontamento].
A década de 60 do século passado e os anos que se seguiram até ao 25 de Abril foram vividos com uma intensidade extrema, com grandes entusiasmos e dolorosas rupturas, corresponderam ao canto do cisne da ditadura sem que então o pudéssemos adivinhar» (Joana Lopes, Prefácio do livro Confronto. Memória de uma Cooperativa Cultural).
De entre as iniciativas estruturadas levadas a efeito por grupos de pessoas não alinhadas em torno das referências polarizadoras que então faziam resistência ao regime (PCP, velhos republicanos e pessoas da génese do futuro PS), salienta-se a criação das cooperativas de acção e dinamização cultural PRAGMA (1964-1972), em Lisboa, e CONFRONTO (1966-1972), no Porto, tendo em boa medida como referência os passos para o aggiornamento dados então pela Igreja Católica e despoletados pelo Papa João XXIII.
As intenções de actividades então publicitáveis estão bem sistematizadas no texto de César Oliveira e José Carlos Marques: «A cooperativa é um lugar geométrico de possibilidades. Pessoas há que vêem nela um centro cultural com possibilidades de se tornar criador. E muitas mais pessoas poderão criar iniciativas, se o quiserem. No nosso meio, não há muitas razões para desperdiçar as mais ténues possibilidades de renovação, invenção, trabalho sério».
Uma pessoa, em Portugal, pela sua acção, espírito de iniciativa e de incentivação, teve enorme responsabilidade e protagonismo na criação destas cooperativas, de cuja existência é indissociável, sendo mesmo um dos primeiros dirigentes da PRAGMA: o arquitecto Nuno Teotónio Pereira!
É com este pano de fundo que iremos, no próximo dia 5 de Fevereiro, pelas 16 horas, homenagear Nuno Teotónio Pereira, evocando o papel que a PRAGMA e a CONFRONTO tiveram na resistência, na fase final da ditadura de Salazar e Caetano, aproveitando ainda para lançar em Lisboa o livro de Mário Brochado Coelho «Confronto. Memória de uma Cooperativa Cultural».
Este evento terá lugar na sala de conferências da Igreja do Santíssimo Coração de Jesus, na Rua Camilo Castelo Branco, em Lisboa, obra emblemática dos arquitectos Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas, que recebeu em 1975 o Prémio Valmor da Câmara Municipal de Lisboa e que em Novembro de 2010 passou a Monumento Nacional por decreto governamental.
Este evento constituirá também uma boa oportunidade de reencontros e do que daí, obviamente, possa resultar."
Transportes
Metro: Marquês de Pombal
Autocarros: 1/74/702/706/709/713/720/727/738/746
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