Novembro a Dezembro, 2014: Programa - MUSEU DO ORIENTE

Museu do Oriente
Avenida Brasília, Doca de Alcântara (Norte), Lisboa

"ROTA DA SEDA EM TERRITÓRIO CHINÊS
CONFERÊNCIA

16 Novembro
Com Carla Mota
Horário: 17.00 às 19.00
Entrada livre

Durante milénios, os chineses aprenderam e dominaram o fabrico da seda (a partir da fibra branca dos casulos dos bichos-da-seda) e usavam a seda como um produto exclusivo da sua sociedade. No entanto, com as crescentes transações comerciais, chegaram à Europa rumores desse tecido suave e brilhante que os chineses sabiam confeccionar. As técnicas de fabrico da seda eram um dos segredos mais bem guardados do império chinês. O brilhante e suave tecido asiático começou a aparecer na Europa e
depressa se tornou um objecto de luxo, cobiçado nas melhores praças. A burguesia europeia estava disposta a pagar somas exorbitantes por essa relíquia. Iniciou-se, assim, uma rota mítica de caravanas que, atravessando a Ásia, abasteciam a burguesia europeia do seu novo "desejo". 
A rota tradicional ligava Chang'an (actual Xi-an), na China, até Antioquia (actual Antakya, na Turquia), na Ásia Menor, assim como a outros locais, nomeadamente Istambul. Na cidade de Kashgar, na China, a rota dividia-se em duas vias principais: uma, através de Caracrum, levava a Karashar e Turfan (via do norte); a outra acompanhava a bacia do Rio Tarim (via do sul). As duas vias encontravam-se depois e seguiam para Xi-an. É esta Rota da Seda que os participantes são convidados a descobrir. Uma rota cheia de lugares enigmáticos, como grutas preenchidas por esculturas budistas, desertos gelados, as maiores depressões topográficas do planeta Terra, povos e culturas milenares e cidades “perdidas”, engolidas pelas areias do deserto.

Carla Mota é geógrafa e especializada em Geografia Física e estudos ambientais (encontra-se a desenvolver investigação em geomorfologia glaciar nos Andes argentinos). A sua vida reparte-se entre a investigação, o ensino e a paixão pelas viagens e fotografia. Durante os anos da universidade viajou pelos quatro cantos do país, já de mochila às costas. As viagens extra-fronteiriças iniciaram-se com uma road trip pela Europa. Era o início de uma paixão que a viria a arrastar em direcção ao desconhecido com passagens pela Índia, Peru, Mongólia, Argentina, Quirguistão, Bolívia, Uruguai, Rússia, China, Grécia, Laos, Paraguai, Uzbequistão, Malásia, Marrocos, Irão, México, Cambodja entre outros países.
Em colaboração com o Colectivo Indus Doc e a agência NOMAD."



"MACAU E A VISÃO DO COLONIALISMO POR CHARLES BOXER
CONFERÊNCIA

21 Novembro
Com Celina Veiga de Oliveira
Horário: 18.30
Entrada livre

O ensaio “Macau e a visão do colonialismo por Charles Ralph Boxer”, pretende homenagear Charles Ralph Boxer (1914-2000), justamente considerado um dos maiores historiadores de Macau, no ano em que se assinala o 110º aniversário do seu nascimento.
Em 1963, na década da emergência dos movimentos nacionalistas contra o domínio colonial português, Boxer publicou o livro Relações Raciais no Império Colonial Português 1415-1825. Esta obra, contrariando a ideologia subjacente à política ultramarina portuguesa, quebrou à época a unanimidade entre os intelectuais portugueses sobre o valor historiográfico dos estudos de Boxer. Armando Cortesão, historiador e eminente cartógrafo, opôs-se à tese nele defendida, colocando-se ao lado da política do Estado Novo, que se apoiava, entre outras, na teoria do luso-tropicalismo de Gilberto Freyre.
Boxer não incluiu Macau na tese desenvolvida no livro. Este ensaio pretende mostrar que esse facto se deveu ao profundo conhecimento do historiador quanto à singularidade do processo histórico macaense, cuja vivência sociológica deveria ser estudada em outra sede que não a colonial."



"VII FESTA DO LIVRO

21 Novembro a 14 Dezembro
Horário: Terça a domingo: 10.00 às 18.00; Sexta-feira: 10.00 às 22.00

A Fundação Oriente, em parceria com outras editoras e livrarias nacionais e estrangeiras, disponibiliza, de 21 de Novembro a 14 de Dezembro, a preços significativamente inferiores aos habitualmente praticados, centenas de títulos das mais diversas temáticas tendo a Ásia como denominador comum.
Do romance e poesia de autores asiáticos consagrados a catálogos de exposições e livros técnicos sobre a sociedade, a cultura ou a arte dos países asiáticos, passando também pela sua gastronomia, é possível nesta VII edição da Festa do Livro do Museu do Oriente viajar pela Ásia através dos livros."





"O CAFÉ EM TIMOR: CULTURA E COMERCIALIZAÇÃO (1815-2012)
CONFERÊNCIA

5 Dezembro
Com Fernando Figueiredo
Horário: 18.30
Entrada livre 

A introdução da cultura do café em Timor iniciou um novo ciclo económico que veio substituir o da comercialização do sândalo, a partir da segunda metade do século XIX. Desde então e até ao fim da presença portuguesa, essa cultura foi predominante, sendo o café o principal produto de exportação.
Com a ocupação indonésia, a cultura do café reflectiu o processo de concessão de terras e de exploração de recursos, sendo o produto comercializado em regime de monopólio, dele beneficiando sobretudo alguns altos dignitários do regime. A transição para a independência e os anos que se lhe seguiram têm sido de recuperação e de afirmação desta cultura, cujo produto representa a maior fonte de divisas para o novo país, logo a seguir ao petróleo.

Fernando Figueiredo é investigador do Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa."

Transportes
Autocarros: 712, 714, 720, 728, 732, 738
Comboio: Alcântara Terra, Alcântara Mar
Eléctricos: 15, 18

Fonte e imagens:

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